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Advogado pediu R$ 150 mil para alertar alvo da PF; dinheiro seria dividido

Detalhes da investigação que resultou na prisão do advogado Thalles Damasceno Magalhães de Souza, preso na Operação Tricoat II, da Polícia Federal, suspeito de vazar informações sigilosas sobre ação que seria desencadeada contra membros de uma organização criminosa, mostram que ele pediu R$ 150 mil para manter informado o principal alvo: Eliezer de Souza Brito.


A informação do valor requisitado a título de “honorários” foi dada pelo próprio Thalles, em seu depoimento à polícia, no último dia 3 de maio. Segundo ele afirma, as informações foram obtidas cerca de uma semana antes da operação e que iria repassar parte do dinheiro que receberia à pessoa de quem recebeu as informações sigilosas, a quem não identificou inicialmente.


O advogado também disse no depoimento a que o ac24horas teve acesso que soube que as informações eram sigilosas apenas quando as recebeu e que chegou a pedir uma “entrada” a Eliezer pelos “trabalhos advocatícios”, mas que não chegou a receber nenhuma quantia dele. Ele ainda afirmou que quebrou o seu telefone celular na chegada da Polícia Federal “para não expor mais gente”.


Após pedir uma pausa no depoimento para conversar com o seu advogado, Thales retornou e disse ter resolvido contar toda a verdade, apontando um estagiário da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco como a fonte das informações sigilosas que recebeu por meio do WhatsApp do telefone que quebrou.


No mesmo dia 3 de maio, Thalles Damasceno Magalhães de Souza passou por audiência de custódia, presidida pelo Robson Ribeiro Aleixo, com a presença do promotor de justiça Bernardo Fiterman Albano e do advogado do investigado, Fábio Josep. O magistrado indeferiu o pedido da defesa e manteve a prisão do custodiado, conforme pediu o Ministério Público.


No dia 4 de maio, foi deflagrada a quarta fase da Operação Policial Tricoat para dar cumprimento à ordem judicial expedida pela Vara Estadual de Delitos de Organizações Criminosas do Estado do Acre contra o estagiário apontado por Thalles como a fonte do vazamento das informações sigilosas que ele repassou a Eliezer de Souza Brito.


O mandado de busca e apreensão foi cumprido pelo delegado da Polícia Federal Vinicius Mitsuhasi na própria Vara de Delitos de Organizações Criminosas do estado do Acre – Cidade da Justiça, onde o estagiário se encontrava no momento, tendo entregado de imediato o seu telefone e sido intimado a comparecer na Superintendência da Polícia Federal para prestar declarações.


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