Mãe fala sobre doação de órgãos de cantor e ator morto aos 13 anos por AVC na quinta

A mãe do cantor e ator Arthur Singer, morador de Suzano, na Grande São Paulo, optou que os órgãos do filho, de 13 anos, fossem doados. O adolescente morreu por conta de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico na quinta-feira (6) e foi sepultado no sábado (8).


Ao g1, Meire Adriane, que é diretora de uma escola da capital paulista, afirmou que os médicos que atenderam o jovem identificaram que ele nasceu com uma má formação que não tinha sido identificada.


Ele não reclamava de dores de cabeça e não tinha passado por exames anteriormente.


O jovem fez parte do reality show “Canta Comigo Teen”, da Record, em 2021, e atuou em musicais. Em novembro do ano passado, Arthur anunciou que fazia parte do musical “The Pilgrims”.


Meire preferiu não saber quais órgãos seriam doados ou quantos pacientes seriam beneficiados.


“A médica disse que um doador tira da fila muitas pessoas. Do Arthur não quisemos saber. Nossa intenção foi fazer o bem e apenas isso. Mais pessoas tomem a posição de salvar vidas para ver se aumenta o número de doadores, e que diminuam as filas das mães com seus filhos esperando e adultos também.”


Depois do sepultamento no sábado, Meire agredeceu as inúmeras mensagens de carinho de amigos e conhecidos da família.


“Meu filho provou que é espetacular. Tudo que ele conquistou, tudo que foi dito, diz respeito a ele mesmo. Ele conquistou, ele fez. Ele fez acontecer. O Arthur foi precoce em tudo. Tinha pressa de viver e ele viveu exatamente tudo aquilo que planejou. Nosso coração é de gratidão.”


Amigos lamentaram a morte nas redes sociais. “E hoje eu me despeço de uma das melhores pessoas que eu pude conhecer em toda a minha vida”, escreveu uma colega.


Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (Abto), em 2021 o Brasil registrou cerca de 15 doadores por milhão de pessoas, 4,5% menor em relação ao ano anterior. Atualmente, o país tem 1.664 equipes de transplante habilitadas.


Além dos casos com pacientes mortos e que a família autoriza ou não a doação, pessoas vivas também podem ser doadoras.


O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão.


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