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“Domínio de Cidade”: dinheiro novo no BB do Acre pode estimular assalto

A mega-operação realizada na tarde da última quinta-feira, 3, para transporte de valores para Agência do Banco do Brasil na rua Arlindo Leal, próximo a Assembleia Legislativa e o Palácio Rio Branco não passou despercebido pelos jornais e curiosos que acompanharam a instrução de um grande aparato da segurança público-privada para efetivação da transação. Estima-se que mais de R$ 2,5 toneladas de notas de real novas foram colocadas no cofre do BB, totalizando cerca de R$ 800 milhões. Esse dinheiro teria vindo do Banco Central do Brasil, por meio de voo que chegou no Aeroporto da capital dias antes. Toda a ação foi acompanhada pelas Polícias Federal, Militar, Civil e Rodoviária. Até mesmo o helicoptero do Estado foi escalado para sobrevoar a região para monitoramento.



Desde o início da semana, o movimento de carros na região já estava restrito. A rua próximo ao lado da Aleac, a Benjamin Constant, já havia sido bloqueada pela Polícia. Ninguém falava do assunto especificamente, mas o que estava sendo acenado é que uma grande ação policial aconteceria. Na região da Rua Arlindo Leal ficam localizadas três agências: a do Banco do Brasil, Bradesco e Banco da Amazônia.


Uma empilhadeira foi usada para retirar o dinheiro de um caminhão que transportava os valores. A situação chamou a atenção de todos e ligou o alerta da Segurança Pública do Acre para uma possível ação de organizações criminosas especializadas em assalto, já que a informação já havia se espalhado nas redes sociais e jornais locais.



A reportagem do ECOS DA NOTÍCIA apurou que a segurança na região foi reforçada ainda mais após a divulgação da chegada de dinheiro novo. A cúpula da Segurança teme pelo pior pois existe uma modalidade de assalto denominada “Domínio de Cidade” e a circulação dessa informação em larga escala “é um prato cheio para bandidos”, que podem vir até de outros Estados tentar uma ação. Oficialmente, nenhuma autoridade se manifestou sobre o caso.


Em 2020, na cidade de Criciúma, em Santa Catarina, localidade de pouco mais de 200 mil habitantes, um bando sitiou a região para assaltar a tesouraria regional do Banco do Brasil. Com R$ 125 milhões levados pelos criminosos, autoridades avaliam que este foi o maior roubo da história do Estado.


Na noite do crime, por volta das 23h50, cerca de 30 homens com armas de grosso calibre cercaram a área central da cidade, onde fica o banco, provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos e atiraram várias vezes. Foram feitos reféns e um policial militar foi baleado e segue acamado e sem falar.


Desde então, 18 pessoas respondem na Justiça pelo assalto. Dezesseis foram denunciadas em um processo criminal que apura o crime de organização criminosa. No segundo inquérito, 12 réus (dez deles já citados no primeiro inquérito) respondem pela prática de roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio. Já há interpelações dos casos em instâncias superiores. Ninguém foi condenado, segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).


Quadrilha usou reféns para bloquear ruas em Criciúma e bloquear a aproximação da polícia — Foto: Reprodução / TV Globo

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