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Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Tarauacá concentram 55% dos casos de feminicídio

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Um infográfico com dados atualizados sobre feminicídios no Acre no período de 2018 a 2022, divulgado nesta quarta-feira (08) pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) mostra que foram registrados 60 casos de feminicídio no estado do Acre entre 2018 e 2022, com o número de vítimas oscilando entre 11 e 14 em cada ano, exceto em 2022, quando o número caiu para 10 casos.


Rio Branco foi a cidade com o maior número de casos de feminicídio no período analisado, concentrando 35% do total de casos. No entanto, desde 2020 ocorreu uma redução e, em 2022, nenhum caso de feminicídio foi registrado na capital.


O documento foi elaborado pelo Observatório de Análises Criminais do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) e Observatório de Gênero (Obsgênero) e tem como objetivo fornecer uma síntese situacional dos crimes com demonstrações em gráficos e tabelas, permitindo uma leitura rápida das características específicas dos crimes de feminicídio.


Os municípios de Cruzeiro do Sul e Tarauacá ficam logo atrás de Rio Branco no período analisado, ambos com 10% dos casos, enquanto Capixaba, Bujari, Porto Walter, Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Xapuri não registraram nenhum feminicídio. Dos 10 casos ocorridos em 2022, três foram registrados na cidade de Feijó e dois municípios apresentaram pela primeira vez casos de feminicídio: Assis Brasil e Brasileia.


O infográfico aponta que 80% dos autores dos crimes eram companheiros ou ex-companheiros das vítimas, e 46% tinham antecedentes criminais. Dentre eles, 55% estavam na faixa dos 13 à 34 anos, 35,4% foram condenados e 23,1% foram presos preventivamente. Os dados também indicam que a arma branca (65%) foi o instrumento mais utilizado nos crimes, seguido por arma de fogo (23%).


Quanto ao perfil das vítimas, a maioria era de cor parda ou preta (85%), na faixa etária de 14 a 34 anos (65%) e 12% das mulheres vítimas nos casos dentro do contexto da violência doméstica e familiar tinham ou tiveram medidas protetivas. Além disso, a maior parte dos crimes ocorreu em residências (72%) e 70% das vítimas eram mães, deixando 99 órfãos.
O infográfico completo está disponível na área de estudos e publicações do site do Feminicidômetro: https://feminicidometro.mpac.mp.br


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