A Corregedoria da Polícia Militar deu explicações na manhã desta quinta-feira, 9, como aconteceu o processo de expulsão do Sargento Erisson Nery da PM acreana.
Uma portaria, assinada pelo Comandante da PM, Coronel Luciano Fonseca, anunciou que Nery, que ficou famoso por integrar um trisal com duas mulheres, e responde a processos por tentativa de homicídio e assassinato de um adolescente de 13 anos, foi excluído a bem da disciplina das fileiras da corporação militar.
O coronel Rômulo Modesto, Corregedor da PM, afirmou que o Conselho de Disciplina decidiu que a imagem da PM acreana foi seriamente comprometida com a repercussão do caso de Brasiléia. “O Conselho de Disciplina é formado por três membros que decidiram por unanimidade que a imagem da PM foi seriamente afetada e a PM fez o que tinha que fazer que era decidir se o policial tinha ou não condições de permanecer na polícia. A repercussão do caso foi muito grande, o PM estava de folga, feriu uma pessoa e mesmo o camarada ferido ainda foi chutado. O Erisson teve o direito de defesa garantido e esse procedimento é sempre realizado quando em casos de extrema gravidade em que algum militar fere o nosso código de ética”, disse o coronel.
Mesmo expulso da PM, Erisson Nery deve continuar preso no BOPE. “Ele deve permanecer onde se encontra, pois mesmo com essa decisão, foi, durante muitos anos, da Polícia Militar e sua transferência para um presídio comum poderia comprometer sua integridade física”, explica Modesto.
A reportagem do ac24horas conversou com a defesa de Erisson Nery que garantiu que vai recorrer da decisão. “Vamos recorrer sim, o processo de expulsão foi finalizado antes da conclusão do trabalho da junta de perícia médica e temos a certeza que ele vai ser incorporado de volta à Polícia Militar”, garantiu Matheus Moura, advogado de defesa.
Por Leônidas Badaró/AC 24 Horas