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Preso por matar mulher e filhos no Recreio tem número ‘666’ tatuado no braço

Alexander da Silva, preso nesta sexta-feira pela morte da mulher, Andréa Cabral Pinheiro, de 27 anos, e seus filhos Matheus Alexander Cabral Pinheiro da Silva, de 11 meses, e Maria Eduarda Fernandes Affonso da Silva, de 11 anos, tatuou num dos braços o número 666. A cifra, que aparece no livro do Apocalipse, na Bíblia, é na cultura popular usualmente associado ao mal. A informação aparece no depoimento que Alexander prestou na Delegacia de Homicídios da Capital (DH) após ser preso no condomínio onde ocorreu o crime, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O 666, segundo o suspeito, também aparece na senha de seu celular.


O suspeito do crime alegou à polícia, porém, que tatuar o número da Besta do Apocalipse “não tem relação com crença” e é apenas um referência ao curso do grupamento marítimo que fez em 2008.


Na DH, Alexander também contou ter vagado durante quase 24 horas entre o momento em que saiu de casa, num condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, por volta das 8h de quinta-feira, e a hora em que retornou ao prédio e foi preso, às 7h desta sexta-feira. Entre os locais por onde passou, Alexander disse que “ficou nos blocos” no Centro do Rio.


O suspeito do triplo homicídio disse que atualmente trabalha como motorista de aplicativo. Apesar disso, quando deixou sua casa, na manhã de quinta-feira, não foi trabalhar: à polícia, Alexander negou ter cometido o crime, contou ter deixado a família viva quando saiu do apartamento e afirmou que “precisava se distrair”.


Primeiro, ele alegou ter ido a pé até um shopping do Recreio e entrado num carro de aplicativo rumo a Niterói. Pouco depois, porém, desceu na altura de outro shopping, na Barra da Tijuca, porque “o motorista não aceitava Pix”. Alexander disse ter ido até a Gardênia Azul e pego um ônibus — de uma linha que ele não se lembra — até perto da Ponte Rio-Niterói. Ali, pegou outro coletivo, da linha 100, até a rodoviária de Niterói.


Apesar do esforço para atravessar a Baía de Guanabara, Alexander afirmou ter voltado para o Rio num ônibus da mesma linha para o Centro do Rio, sem ter feito nada na cidade. No Centro, ficou nos blocos e retornou ao terminal Alvorada, na Barra, segundo contou em depoimento.


Já na Zona Oeste, o suspeito disse ter vagado pelas comunidades da Merck e Cesar Maia e pela Cidade de Deus. Por volta das 2h de sexta-feira — pelo que contou aos agentes da DH, ele já estava fora de casa perambulando há cerca de 18 horas — parou para se deitar num banco em um posto de gasolina perto de um lava a jato na Avenida Benvindo de Novaes, no Recreio.


Antes de chegar ao posto de gasolina, porém, Alexander disse ter passado no condomínio onde mora, por volta das 23h de quinta-feira. Em lugar de entrar no apartamento após 15 horas fora de casa, ele afirmou no depoimento que “apenas foi passear pela parte comum”; alegou não ter entrado em contato com a família porque Andréa iria para a casa da mãe, em Pilares, na Zona Norte do Rio.


 


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