Uma dívida de R$ 31 mil com clínicas veterinárias de Rio Branco e a falta de doações podem causar o fechamento da ONG Patinha Carente, que atua no resgate de animais há mais de dez anos. Em situação crítica, os voluntários suspenderam os resgates e colocaram 20 animais em lares provisórios que precisam de abastecimento com ração e medicamentos.
No último sábado (18), a coordenação da ONG divulgou, em uma rede social, que devia R$ 33 mil com atendimentos veterinários. Nesta terça-feira (21), a advogada Vanessa Facundes, uma das fundadoras, disse que conseguiu arrecadar R$ 2 mil e pagou algumas dívidas.
“Continuamos devemos R$ 18 mil em uma clínica, R$ 2 mil em outra e outros serviços veterinários. Tudo resulta nesse montante. A gente tem um grupo que tem 15 pessoas que nos comunicamos sobre os casos que aparecem. Mas, as doações vem mais dos nossos pedidos nas redes sociais mesmo”, explicou.
A advogada diz que tinha o apoio nas castrações dos animais do Centro de Zoonoses, contudo, essa parceria foi interrompida com a suspensão dos serviços. Os procedimentos estão suspensos por conta de uma reforma no local, que deve durar 90 dias.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/R/4/6hTOBkSM6Rh5kPsQSg1A/whatsapp-image-2023-02-21-at-19.20.54.jpeg)
Voluntários precisam de doações em dinheiro e ração para pagar dívidas e atender animais em lares provisórios — Foto: Arquivo/ONG Patinha Carente
Contudo, ela crítica a falta de apoio do poder público. “Atuamos aqui mais de dez anos, mas nunca estivemos desse jeito como estamos agora. Estamos abandonados pelo poder público também. A prefeitura, antes, dava uma aliviada para a gente dando a castração no Centro de Zoonoses. Agora não tem mais. Tinha alguns atendimentos também. Desde o início dessa gestão, o prefeito não fez parceria com a gente enquanto ONG”, lamentou.
Com os resgates suspensos, Vanessa conta que o foco agora é pagar as dívidas, manter a alimentação e medicamentos para os animais que estão nos lares provisórios e, posteriormente, conseguir que sejam adotados.
“Recebemos doações direto no nosso PIX, que é nosso CNPJ e pode doar qualquer valor. Também se quiserem doar ração, pode deixar na Farmácia Vitória-régia, que é nosso ponto de coleta”, pediu.