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Número de mortos em terremoto pode ser 8 vezes maior, alerta OMS

Foto: reprodução
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O número de mortos em decorrência dos fortes terremotos na Turquia e na Síria pode ser oito vezes maior, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Dois tremores atingiram a região com um intervalo de 12 horas na segunda-feira (06/02) — e foram contabilizadas mais de 5 mil mortes até agora (pelo menos 3.419 mil na Turquia; e 1.602 na Síria)


As equipes de resgate vasculham montanhas de escombros, enfrentando temperaturas congelantes e neve, em busca de sobreviventes.


Países do mundo todo estão enviando reforço para ajudar nas tentativas de resgate, incluindo equipes especializadas, cães farejadores e equipamentos.


O Serviço Geológico dos EUA informou que o primeiro tremor — de magnitude 7,8 — ocorreu às 04:17 do horário local (01:17 GMT) a uma profundidade de 17,9 km, perto da cidade de Gaziantep.


Sismólogos acreditam que foi um dos maiores já registrados na Turquia. E, de acordo com relatos de sobreviventes, levou dois minutos até parar.


O segundo terremoto — de magnitude 7,5 — foi desencadeado pelo primeiro, e seu epicentro foi no distrito de Elbistan, na província de Kahramanmaras.


Muitos tremores secundários ainda estão sendo sentidos em toda a região.


O número de mortos e feridos foi aumentando rapidamente na segunda-feira. E, conforme a OMS alertou, deve subir ainda mais à medida que as equipes de resgate encontrarem mais vítimas sob os escombros.


“Infelizmente, sempre vemos a mesma coisa com os terremotos: os números iniciais de pessoas feridas ou mortas vão aumentar significativamente na semana seguinte”, disse a oficial sênior de emergência da OMS para a Europa, Catherine Smallwood, à agência de notícias AFP.


Muitas das vítimas estão no norte da Síria, devastado pela guerra, onde milhões de refugiados vivem em acampamentos em ambos os lados da fronteira com a Turquia. Dezenas de mortes foram registradas em áreas controladas por rebeldes.


Os tremores provocaram o desabamento de edifícios em ambos os países — vários vídeos mostram o momento dos desmoronamentos, enquanto pessoas na rua correm para se proteger. Muitos prédios de até 12 andares agora estão no chão, estradas foram destruídas e há montanhas enormes de escombros por todos os lados.


Entre os edifícios destruídos, está o Castelo de Gaziantep, um marco histórico que existe há mais de 2 mil anos.


A jornalista Anna Foster, correspondente da BBC no Oriente Médio, estava na cidade turca de Osmaniye, perto do epicentro. Ela descreveu uma cena devastadora.


“Está chovendo muito, o que está atrapalhando os esforços de resgate. Não há energia elétrica na cidade esta noite. Ainda estamos sentindo tremores secundários regulares… e ainda há preocupações de que possa haver mais desabamentos de prédios.”


A infraestrutura energética da Turquia também foi danificada e surgiram vídeos mostrando grandes incêndios no sul do país. Usuários de rede social alegam que foram causados ​​por danos a gasodutos.


O ministro da Energia da Turquia, Fatih Donmez, confirmou que houve sérios danos à infraestrutura, mas não mencionou as explosões.


A Turquia fica em uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo.


Em 1999, um terremoto matou mais de 17 mil pessoas no noroeste do país. Mas o pior tremor ocorreu em 1939, deixando 33 mil mortos na província de Erzincan, no leste.


Melisa Salman, moradora de Kahramanmaras, disse que viver em uma zona de terremoto significava que ela estava acostumada a “ser chacoalhada”. Mas, ao comentar sobre o tremor de segunda-feira, ela contou que foi “a primeira vez que sentimos algo assim”.


“Nós pensamos que era o apocalipse”, completou.


O Crescente Vermelho da Turquia pediu aos cidadãos que façam doações de sangue, e o presidente da organização, Kerem Kınık, anunciou no Twitter que mais sangue e produtos médicos estão sendo enviados para a região afetada.


Após fazer um apelo por ajuda internacional, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que 45 países ofereceram apoio.


O secretário-geral da ONU, António Guterres, também pediu uma resposta internacional à crise, dizendo que muitas das famílias atingidas pelo desastre “precisam urgentemente de assistência humanitária em áreas em que o acesso é um desafio”.


A União Europeia está enviando equipes de busca e resgate para a Turquia, enquanto socorristas da Holanda e da Romênia estão a caminho. O Reino Unido informou que vai enviar 76 especialistas, equipamentos e cães de resgate.


França, Alemanha, Israel e Estados Unidos também se comprometeram a ajudar.


O presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu ajuda à Turquia e à Síria, assim como o Irã.


O ministro do Interior da Turquia, Suleymon Soylu, disse que 10 cidades foram afetadas pelo terremoto inicial, incluindo Hatay, Osmaniye, Adiyaman, Malatya, Sanliurfa, Adana, Diyarbakir e Kilis.


As aulas foram suspensas nessas cidades por pelo menos uma semana.


Um voluntário do grupo de resgate White Helmets, que opera em áreas controladas por rebeldes no noroeste da Síria, segurou as lágrimas ao descrever a devastação em Sarmada, perto da fronteira com a Turquia.


“Muitos edifícios em diferentes cidades e vilarejos no noroeste da Síria desabaram”, disse ele à BBC.


“Até agora, muitas famílias estão sob os escombros. Estamos tentando salvá-las, mas é uma tarefa muito difícil para nós.”


“Precisamos de ajuda. Precisamos que a comunidade internacional faça algo, que nos ajude, nos apoie. O noroeste da Síria é agora uma área de desastre”, ele acrescentou.


O terremoto foi tão forte que chegou a ser sentido no Chipre, Líbano e Israel.


BBC News


 


 


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