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No Acre pesquisadores da UFAC estudam relação entre exercícios, desempenho escolar e obesidade

Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, estão estudando a relação entre atividade física e a obesidade com o desempenho escolar. O estudo deve ser de nove anos e, ao todo, 16 estudiosos participam do projeto coordenador pelo professor especialista em educação física Miguel Bortolini.


Inicialmente, o estudo será feito com alunos do 1° a 9° ano de duas instituições de ensino. Mas, a ideia é analisar outros estudantes das demais escolas de todo o estado.


“É um estudo de nove anos, que vai avaliar marcadores de saúde como, por exemplo, variabilidade da frequência cardíaca, força e, claro, avaliações físicas por questionários quanto por avaliações antropométricas. Além disso, vamos fazer também análise de saliva, que é algo meio que inovador ainda, embora já mexa com isso tenha 20 anos. Com essas mensurações, vamos poder desenvolver dados de saúde e desempenho escolar”, destacou o pesquisador.


O professor explicou como funciona o projeto para um grupo de pais de alunos da rede pública do estado. Ele frisou ainda que a disciplina de educação física é tão importante quanto as demais, e que a pesquisa vai entender como a prática de exercícios ou a falta dele afetam as áreas de linguagem e lógica.


O especialista acrescenta que, ao fazer exercício físico, se movimenta uma glândula do corpo muito importante, que é o sistema muscular que libera mais de 10 mil substâncias e várias se comunicam com o cérebro e fazer com que ele tenha maior capacidade de produzir energia, pensar mais rápido, ter um melhor aprendizado.


“Um dos testes que vamos aplicar é o teste de desempenho escolar dois, que avalia duas grandes áreas: lógica e linguagem. Com isso, a gente espera que crianças mais saudáveis, que fazem educação física escolar, tenham uma atividade física maior e que sejam menos obesas vão ter saúde melhor e rendimento escolar melhor”, complementou.


Bortoloni ressaltou também que no período de pandemia, houve um aumento no número de crianças com obesidade, o que também ocasionou quadros de ansiedade e depressão. Para crianças de 5 a 17 anos o recomendável é 60 minutos de exercícios físicos todos os dias da semana.


“Mas, durante essa pandemia, o que ocorreu foi exatamente o oposto. Nós tivemos queda no desempenho escolar das crianças de forma geral no Brasil, na maioria das escolas, e tivemos acréscimo de peso nessas crianças, ou seja, começaram a ficar com sobrepeso ou obesidade e decaimento drástico de atividade física”, pontuou.


O servidor público Marcos Galvão é pai de uma das alunas do Colégio Aplicação e até já sabia que atividades físicas melhoram a saúde, mas não imaginava que era tão importante para o desenvolvimento físico e mental. Após saber dos benefícios, ele aprovou a pesquisa.


“Acho que, realmente, é muito importante sim. Eu não tinha certeza, mas é bom que tenha feito esse trabalho para desenvolver o mental das crianças”, celebrou.


Com informações G1


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