Após três dias de ter sofrido ataques racistas, o motoboy Alessandro Monteiro, de 26 anos, disse nesta sexta-feira, 10, que não deseja a prisão de sua agressora.
“Caso ela não prove a doença com os laudos, ela poderá ser presa mesmo fora do flagrante. Mas, eu não queria que ela seja presa não, até porque já é uma senhora, mas medidas judiciais devem ser tomadas sim”, disse Alessandro.
O caso de racismo, que tomou repercussão nacional, ocorreu na última terça-feira, 7, no estacionamento de uma farmácia do bairro Floresta, em Rio Branco.
No mesmo dia, a mulher que aparece no vídeo, fazendo xingamentos racistas, identificada como Mafiza Souza Cardoso, 43 anos, deu entrada no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac).
Na quinta-feira, 9, a advogada da funcionária pública, a Helena Cristina, ressaltou que ela já havia sido internada em outras ocasiões. ‘Ela é esquizofrênica”, disse a defesa.
Ao procurar a assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a redação da GAZETA foi informada de que não estão autorizados a repassar informações sobre a situação de Mafiza.
Até o momento não há notícias de que ela tenha recebido alta médica ou mesmo que continue internada.
Entenda o caso
O jovem Alessandro Monteiro estava trabalhando, quando uma mulher, que saiu da farmácia, começou a xingá-lo, sem motivos. O motoboy filmou parte das agressões.
Nas imagens, é possível ver que a mulher não fica intimidada com a gravação. São trinta segundos de acusações e xingamentos contra o motoboy.
“Vai pro inferno bando de macaco, filho da puta, filma corno, mostra que tu é um preguiçoso, baitola. Quadrilha de nego maldita, filma ,filho de puta”, grita, descontroladamente, a mulher.
A Gazeta do Acre