A mãe das gêmeas Heloá e Valentina Prado dos Santos, que nasceram unidas pelo tórax e abdômen, comemora a evolução das filhas após a cirurgia de separação. Valentina, que está com a recuperação mais lenta, foi extubada e passou respirar apenas com um cateter de oxigênio no nariz. As duas estão internadas na UTI do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).
“É muita gratidão por elas estarem bem. Cantou a vitória agora da Valentina estar extubada e, agora, a próxima etapa é ir para casa”, disse Waldirene do Prado.
Ela ainda agradeceu todo apoio e orações que a família tem recebido, em especial ao médico Zacharias Calili e sua equipe, responsáveis pela cirurgia de separação. “Tenho que agradecer especialmente ao doutor Zacharias, eu falo que ele é o cara. Eu sinto uma confiança muito grande nele”, completou.
O pai das meninas, Fernando Oliveira dos Santos, também está na expectativa de levar as filhas para casa. “Para elas, agora, é uma felicidade imensa. […] Elas estão cada dia melhor e a próxima etapa, se Deus quiser, é a gente ir embora para casa”, disse.
No sábado (4), Valentina e Heloá tiveram o primeiro contato desde que passaram pela cirurgia de separação. Na ocasião, Valentina emocionou a equipe ao segurar a mão da irmã. As gêmeas de 3 anos eram unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso e genitálias.
Cirurgia de separação
Valentina e Heloá Prado passaram por cirurgia em 11 de janeiro de 2023. O cirurgião pediátrico Zacharias Calil fez o procedimento, junto com 50 profissionais. As meninas estavam unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso.
“Tivemos que dividir o fígado, o intestino delgado e o intestino grosso. Tivemos que modificar o sistema urinário delas porque elas apresentavam alterações que não tinham sido diagnosticadas. No mais, separamos o osso, a bacia”, explicou Zacharias Calil, na época da operação.
Valentina e Heloá são naturais de Guararema, cidade do interior de São Paulo e estão em tratamento em Goiânia há cerca de dois anos. Após o início do acompanhamento médico, os pais das crianças decidiram se mudar para Morrinhos, no interior de Goiás.