A Vara de Delitos de Roubo e Extorsão aceitou denúncia contra Elton Oliveira Meira, de 25 anos, acusado de matar o idoso Simar Gomes da Silva, de 64, durante um assalto a um ônibus na BR-364, em Rio Branco, em janeiro deste ano. Ele responde pelos crimes de latrocínio, roubo e corrupção de menor.
Agora na condição de réu, Meira tem um prazo de 10 dias para o réu apresentar defesa às acusações. Ao receber a denúncia, o juiz Robson Ribeiro Aleixo pontuou que ficaram presentes nos autos “indícios de autoria e materialidade”.
O assalto dentro de um ônibus da empresa Transacreana ocorreu no último dia 10 de janeiro, na região do bairro Belo Jardim II, no Segundo Distrito da capital. A investigação constatou que o idoso reagiu ao assalto segurando a arma de um dos suspeitos e acabou levando um tiro no pescoço. A vítima morreu no local.
Além de Meira, um adolescente de 14 anos também foi apontado como suspeito no crime de latrocínio. Na delegacia, os dois confessaram o assalto seguido de um disparo de arma de fogo que acabou com a morte do idoso. A dupla também foi reconhecida pelas vítimas que estavam no ônibus.
Conforme a investigação, a dupla entrou no ônibus na altura do bairro Belo Jardim II, e anunciaram o roubo já próximo à Vila Liberdade. O menor estava com um revólver e uma mochila recolhendo os pertences das vítimas, enquanto Elton Meire, também armado, fazia a “segurança” na parte da frente do coletivo. Após o roubo, Elton mandou que o motorista parasse o ônibus, momento este em que o idoso reagiu segurando a arma do adolescente. Foi então que Elton atirou contra a vítima.
Ao analisar o caso na audiência de custódia, a juíza plantonista Andréa da Silva Brito decidiu por converter a prisão em flagrante de Elton Meire em prisão preventiva.
Prisão e apreensão
No ônibus estavam moradores da Vila Porto Alonso, que fica em Boca do Acre, cidade do Amazonas. Havia entre 30 a 40 pessoas dentro do coletivo na hora do assalto.
Após o disparo contra o idoso, a dupla saltou do ônibus em direção a um matagal da Vila Liberdade. As vítimas chamaram a polícia e quando a equipe chegou, entrou na mata para tentar encontrar os suspeitos. Um morador da vila avisou aos policiais que viu dois rapazes entrando em um apartamento próximo.
A polícia fez o cerco, arrombou a porta e achou os dois rapazes escondidos. Com eles, a polícia achou as duas armas de fogos usadas no crime, 18 celulares e R$ 119 em dinheiro. Os moradores e os suspeitos foram levados para a Delegacia de Flagrantes (Defla) da capital.