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Enfermeiros do Acre cobram reajuste no piso salarial e ameaçam greve em março

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Lewandowski: governo não participou, mas operação no Rio foi planejada por meses

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, reforçou nesta quinta-feira, 30, que o governo federal não teve nenhuma participação na megaoperação no Rio de Janeiro. Disse, no entanto, que recebeu informações no Rio de que a operação foi “longamente planejada, durante meses”.


“Assim que Lula aterrissou (da Malásia) pediu uma reunião para se inteirar dos fatos. Nós nos vimos diante de um fato consumado. Fiquei sabendo, no RJ, que foi uma operação longamente planejada, durante meses, mas é de responsabilidade exclusiva das autoridades locais. Não tivemos nenhuma participação ou ingerência nessa operação. Até porque havia interesse predominantemente local. Dizia respeito a cerca de 300 mandados de busca e apreensão e de prisão emitidos pela Justiça local do Rio de Janeiro”, disse, em entrevista à GloboNews.


Lewandowski comentou a declaração feita pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, de que policiais do Rio haviam falado sobre integrantes da Superintendência fluminense da Polícia Federal sobre a operação. Disse que, no momento em que Rodrigues falou sobre o caso, complementou com algumas informações.


“Temos um grau de colaboração e de identidade com o atual diretor-geral da Polícia Federal que é muito íntimo. Me senti no dever e bastante à vontade para complementar a informação do Andrei Rodrigues. Ele corretamente ocorreu o que houve, o que é corriqueiro nas polícias, o que vai ocorrer ou não ocorrer”, relatou Lewandowski.


“Mas o que quis complementar é que, se fosse a intenção ou desejo do governo estadual de pedir a participação do governo federal numa operação de tal envergadura, é claro que a comunicação não seria no nível do terceiro escalão, mas de forma oficial, nos escalões apropriados”, completou.


 


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Brasil

Dólar hoje sobe a R$ 5,38, seguindo exterior e de olho em acordo China-EUA

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O dólar fechou a quinta-feira em alta ante o real, acompanhando o avanço quase generalizado da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, com investidores ainda repercutindo a decisão da véspera do Federal Reserve e tendo como pano de fundo o acordo comercial entre Estados Unidos e China.


Na véspera, após o Federal Reserve cortar os juros em 0,25 ponto percentual, o presidente do BC americano, Jerome Powell, sinalizou que um corte em dezembro ainda é incerto.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,43%, aos R$5,3814. No ano, porém, a divisa acumula queda de 12,91%.


Às 17h02, na B3, o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,43%, aos R$5,3825.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,381
  • Venda: R$ 5,381

Dólar Turismo

  • Compra: R$ 5,415
  • Venda: R$ 5,595

O que aconteceu com dólar hoje?

Na véspera, o dólar já havia ganhado força em todo o mundo após a decisão do Fed de cortar sua taxa de juros em 25 pontos-base, como esperado, mas colocando em dúvida nova redução no mês de dezembro.


Comentários do chair da instituição, Jerome Powell, ainda na tarde de quarta-feira, reforçaram as apostas de que o Fed pode manter a taxa de juros na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, ainda que a probabilidade de novo corte de 25 pontos-base siga majoritária.


Nesta quinta-feira, os efeitos das sinalizações do Fed ainda impactavam os ativos: o dólar avançava ante a maior parte das demais divisas, em meio à possibilidade de os juros não voltarem a cair nos EUA em dezembro, e os rendimentos dos Treasuries tinham ganhos firmes.


O acordo comercial entre EUA e China também permeava os negócios. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que concordou com o presidente da China, Xi Jinping, em reduzir as tarifas sobre o país asiático, em troca de Pequim reprimir o comércio ilícito de fentanil, retomar as compras da soja norte-americana e manter as exportações de terras raras. Trump afirmou que as tarifas sobre as importações chinesas serão reduzidas de 57% para 47%.


Neste cenário, o dólar à vista atingiu a cotação máxima do dia no Brasil, de R$5,3954 (+0,70%), às 10h09. Depois disso, oscilou em níveis mais baixos, mas sempre em alta ante o real.


“O dólar aqui acompanhou ‘pari passu’ (igualmente) o avanço da moeda no exterior, depois que Powell não garantiu um corte de juros em dezembro”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “O Fed foi o estopim para valorização do dólar no mundo inteiro — e no Brasil também.”


No exterior, às 17h07 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,39%, a 99,530.


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Polipílula contra hipertensão pode reduzir em 39% a recorrência de AVC, aponta estudo

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O uso de uma pílula tripla de anti-hipertensivos em complemento ao tratamento habitual da hipertensão diminuiu em 39% o risco de recorrência de todos os tipos de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com casos prévios do quadro hemorrágico.


O impacto na prevenção de um novo AVC hemorrágico, que é o mais grave, foi ainda maior, com redução de risco em torno de 60%. Os resultados são do estudo Trident, coordenado pelo The George Institute for Global Health, da Austrália, e conduzido no Brasil pelo Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.


De acordo com a neurologista Sheila Martins, chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento e coordenadora da pesquisa, a polipílula é uma mistura de baixas doses de telmisartana, anlodipina e indapamida, que são vendidos no Brasil de forma isolada.


A união dos medicamentos permite o uso de apenas uma pílula ao dia, diz ela, facilitando a adesão ao tratamento.


Além disso, utilizar doses mais baixas de diferentes medicamentos é vantajoso porque diminui a probabilidade de efeitos adversos – algo mais comum com doses elevadas.


Outro benefício, explica a pesquisadora, é que como cada substância tem um mecanismo de ação, o efeito na redução da pressão tende a ser mais rápido.


Segundo Sheila, que também é presidente Rede Brasil AVC e ex-presidente Organização Mundial de AVC, já existem várias versões de polipílulas, mas nenhuma com a mesma combinação usada no estudo.


Como a pesquisa foi feita

O Trident é o maior estudo de prevenção secundária do AVC hemorrágico no mundo, com 1.670 pacientes, todos com histórico do quadro. Desses, 833 receberam a polipílula, enquanto 837 tomaram o placebo. Ambos os grupos seguiram com o tratamento preventivo padrão prescrito pelos médicos após o AVC. Os participantes foram acompanhados por três anos para avaliar o efeito das intervenções.


O trabalho foi liderado pelo professor Craig Anderson, do George Institute for Global Health, que apresentou os resultados preliminares no dia 22 de outubro, durante o World Stroke Congress, em Barcelona. A expectativa é de que a pesquisa completa seja publicada no primeiro semestre de 2026.


Mais de 500 pesquisadores de 61 hospitais localizados em 12 países participaram do trabalho. No Brasil, ele foi liderado pelo Hospital Moinhos de Vento, com financiamento do Ministério da Saúde através do PROADI-SUS.


O que é a hipertensão?

A hipertensão é uma doença crônica degenerativa não contagiosa, define Sheila. Ela representa um grande problema de saúde pública e, muitas vezes, é silenciosa – quando se manifesta, já é em forma de um infarto ou AVC. Apenas 40% dos hipertensos no Brasil são diagnosticados, e uma minoria tem a pressão tratada e controlada. A doença, além disso, é cada vez mais comum em jovens.


O médico Nelson Dinamarco, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), destaca que o quadro necessita de controle e acompanhamento eficazes. “Entre os efeitos colaterais estão as chamadas lesões de órgão-alvo, que incluem infartos, AVCs e também insuficiência cardíaca, doenças renais crônicas e outras alterações.”


De acordo com ele, o tratamento é dividido em dois tipos: não farmacológico e farmacológico. “O primeiro compreende a adesão a mudanças do estilo de vida, como reduzir o consumo de sal, gordura e fritura, parar de fumar e beber e praticar atividades físicas regulares e supervisionadas, além de controlar o estresse”, detalha.


“Para o tratamento farmacológico, há várias classes de remédios que podem ser associados. Hoje, o indicado é começar com um ou dois medicamentos e agregar outros ao longo do tempo. Mas é bom destacar que o tratamento é individualizado”, aponta.


O dilema da adesão ao tratamento

O reconhecimento da hipertensão é o primeiro desafio a ser superado, mas está longe de ser o único. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) evidenciou que, depois do diagnóstico, a adesão ao tratamento é outra grande barreira para o controle da hipertensão. O estudo acompanhou 253 participantes e, desses, 90,1% afirmaram que tomavam remédios para controlar a pressão alta. Os medicamentos, no entanto, foram detectados na urina de apenas 32,4% deles.


Em entrevista ao Estadão, João Roberto Gemelli, presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DHA/SBC), afirmou que isso acontece porque a hipertensão, muitas vezes, é uma doença assintomática. Assim, os pacientes hipertensos tendem a abandonar o uso contínuo dos medicamentos ao longo do tempo, o que pode levá-los novamente a quadros graves de pressão elevada.


Uma das estratégias citadas por ele para superar a situação é a prescrição de uma medicação de dose única diária, com ação prolongada de 24 horas e poucos efeitos colaterais.


Esse é justamente o objetivo dos pesquisadores do Trident: unificar o tratamento em uma única pílula. De acordo com Alexandre Vieira, diretor médico da Funcional Health Tech, o uso de combinações fixas já é recomendado pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia, da Sociedade Europeia de Hipertensão e da Organização Mundial da Saúde (OMS).


Para ele, as polipílulas representam um avanço importante. “O objetivo é simplificar o tratamento e facilitar o uso contínuo. As evidências indicam que esquemas mais simples aumentam a adesão e melhoram o controle da pressão arterial, principalmente entre idosos e pessoas com múltiplas doenças crônicas.”


Vieira destaca, no entanto, que a baixa adesão é um retrato do contexto em que os pacientes vivem, e não apenas do uso de vários medicamentos. “Rotinas instáveis, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, baixo nível de escolaridade, falta de apoio familiar, estresse crônico e insegurança alimentar pesam muito mais na adesão do que a quantidade de medicamentos”, pondera.


“O problema real está no entorno social do paciente. Não adianta oferecer uma pílula única se o indivíduo vive em um ambiente que não sustenta o cuidado. A adesão depende de muito mais do que disciplina”, frisa.


Interrupção do tratamento

Segundo Vieira, interromper o tratamento, mesmo que por poucos dias, rompe o equilíbrio de um sistema que precisa estar sempre sob controle.


“Nos primeiros dias sem medicação, ocorre um efeito de rebote. A pressão volta a subir de forma abrupta, e esse pico aumenta o risco imediato de infarto e AVC, por exemplo, especialmente em pessoas que já têm doença cardíaca pré-existente. Há casos em que a suspensão repentina de anti-hipertensivos pode causar arritmias e até crises hipertensivas graves”, diz.


“Com o passar do tempo, as consequências se acumulam. A pressão elevada de forma intermitente acelera a deterioração das artérias e aumenta a sobrecarga sobre o coração, os rins e o cérebro. O músculo cardíaco se espessa, os vasos perdem elasticidade e os rins começam a perder capacidade de filtração”, explica, reforçando que o tratamento depende da constância.


Dinamarco acrescenta que todo mundo deve medir a pressão com regularidade. “Não acredite que é só tomar o remédio e está tudo certo. As pessoas também precisam fazer sua parte.”


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