Congresso inaugura trabalhos legislativos

Foto: reprodução

Deputados e senadores voltam aos trabalhos legislativos no Congresso Nacional nesta quarta-feira (1º/2) para definir quem comandará as duas casas pelos próximos dois anos. As eleições para os cargos de presidente da Câmara e do Senado ocorrem logo após a abertura do ano legislativo e da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.


Deputados e senadores voltam aos trabalhos legislativos no Congresso Nacional nesta quarta-feira (1º/2) para definir quem comandará as duas casas pelos próximos dois anos. As eleições para os cargos de presidente da Câmara e do Senado ocorrem logo após a abertura do ano legislativo e da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos.


Marinho é o nome do Partido Liberal para a presidência da Casa Alta. Na última semana, o PL cravou o apoio do PP e do Republicanos. Há, ainda, o candidato do Podemos, Eduardo Girão (CE).


Dos três candidatos, Pacheco conta com o apoio declarado do presidente Lula, enquanto Marinho é visto como um forte candidato para representar a ala que faz oposição ao governo, e apoiado pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).


A situação é bastante diferente na Câmara dos Deputados. Isso porque, até o momento, tudo indica que o atual comandante dos deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve ser reeleito. O primeiro concorrente que se apresentou foi Chico Alencar (RJ), que tem o apoio isolado do PSol e é o único a se opor ao alagoano. Já na segunda (31/1), o deputado Marcel Van Hattem (Novo) também colocou o seu nome na disputa.


Lira é apoiado tanto pela sigla de Lula quanto pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.


Pacheco conta com o governo


Apesar da resistência entre os simpatizantes de Bolsonaro, os parlamentares do Senado confiam que Rodrigo Pacheco será reeleito. Atualmente, o presidente acredita contar com 55 votos. O número é fruto da junção das siglas: PT, PSB, MDB, PSD e União Brasil em aliança pela recondução.


No Senado, para ganhar em primeiro turno a Presidência da Casa, o candidato precisa de pelo menos 41 votos. Se ninguém chegar a esse número, os nomes vão para o segundo turno. O escolhido toma posse em seguida.


Apesar de certa segurança do lado dos pachequistas, os apoiadores de Marinho não desanimaram ainda.


Na Casa, a principal aposta é que as eleições serão definidas por traições, que ocorrem quando um senador vota contra a orientação do partido ou contra um acordo feito com determinado candidato. Vale ressaltar que o voto é secreto, em cédula de papel.


O governo de Lula intensificou, nos últimos dias, a campanha a favor de Pacheco. Na última segunda-feira, aliados confirmaram ao Metrópoles que os senadores foram procurados por integrantes do alto escalão para buscar espaço no Executivo. Isso acontece porque a vitória de Rogério Marinho, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indicaria uma derrota para o presidente Lula.


Marinho também intensificou contatos nos últimos dias, buscando apoio de seus próprios correligionários e de nomes de outras siglas, como o próprio PSD de Pacheco.


Lira quer votação recorde


Entre os deputados, Lira já é visto como o vencedor da disputa pela presidência. Se, na última eleição, o PT esteve contra o atual presidente, o cenário deste ano é diferente. Isso porque a atuação de Lira no último biênio foi vista como “moderadora” e acabou por agradar todas as bases, tanto do governo da época quanto da oposição.


O alagoano foi eleito presidente da Casa em 2021 com 302 votos. Na época, seu principal adversário era Baleia Rossi (MDB-SP), que obteve 145 votos. Baleia foi o candidato do PT.


Graças à sua capacidade de articulação, o atual presidente e candidato à reeleição foi capaz de unir, em um único bloco de apoio, siglas opostas e adversárias, como PT e PL, além das bancadas do PP, PSD, MDB, PDT, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Mais Brasil (fusão PTB e Patriota), Pros, PCdoB, PV, PSB e União Brasil.


Com essa composição, o deputado esbanja folga, obtendo mais do que os 257 necessários para vencer ainda em primeiro turno. Ciente do expressivo favoritismo, o parlamentar alagoano tem se movimentado nos últimos dias para ampliar o apoio e demover o risco de “traições” no dia da votação.


Recentemente, o presidente da Câmara avalizou uma série de regalias para os deputados, que incluem o aumento da cota parlamentar, de cargos para lideranças partidárias e do valor do auxílio moradia.


Como funcionam as eleições


Tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, os votos para presidente são secretos. O sistema às cegas pode, também, abrir espaço para traições.


Assim como no plenário, é preciso de quórum — número mínimo de parlamentares — para que a votação seja aberta. Nesse caso, 257 deputados e 41 senadores. Com o número atingido, começa o pleito.


Cada parlamentar tem dois minutos para votar na urna eletrônica.


Para ganhar em primeiro turno, o candidato da Câmara precisa da maioria absoluta: 257 dos votos. Caso ninguém chegue a esse número, os dois nomes mais votados disputam o segundo turno. Em seguida, o presidente da Câmara já toma posse.


No Senado, para ganhar em primeiro turno, o candidato precisa de pelo menos 41 votos. Se ninguém chegar a esse número, os nomes vão para o segundo turno. O escolhido toma posse em seguida.


Os eleitos comandarão as casas de 1° de fevereiro de 2023 até 31 de janeiro de 2025.


Metrópoles


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
350x250 anuncie aqui ecos1 ezgif.com png to webp converter
01 300x600 entre em nosso grupo de noticias 1 ezgif.com optiwebp

Últimas notícias

posto village ezgif.com gif to avif converter

Últimas Notícias