A presença de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em um ato com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), foi previamente comunicada ao comandante Paulo Sério Nogueira, general responsável à época. A informação, que tinha ganhado sigilo de 100 anos na última gestão, mas agora foi revelado por escolha da Controladoria-Geral da União (CGU).
O ex-ministro participou de uma motociata ao lado de Bolsonaro no Rio de Janeiro e depois discursou ao lado do ex-presidente em um carro de som. Naquela época, Pazuello era general da ativa do Exército. Agora, ele foi eleito deputado federal com a segunda maior votação no estado.
No processo, Pazuello alegou que “por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente” e que aceitou participar pelos “laços de respeito e camaradagem” que possui com Bolsonaro. O general Nogueira confirmou, no documento, que foi comunicado por Pazuello.
“Insta saliente, inicialmente, que o oficial-general em tela efetivamente comunicou a este comandante que se deslocaria à cidade do Rio de Janeiro, a fim de participar do passeio motociclístico, a convite do senhor Presidente da República”, afirmou Nogueira.
O comandante do Exército ainda pontuou que a participação de Pazuello na motociata não teve viés político-partidário porque o ex-ministrou falou de “forma improvisada e cumprimentou os presentes e enalteceu o passeio”. Logo depois, Nogueira tornou-se ministro da Defesa.
“Da análise acurada dos fatos, bem como das alegações do referido oficial-general, depreende-se, de forma peremptória, não haver viés político-partidiário nas palavras proferidas, repisa-se, de improviso, pelo arrolado, naquele momento”, disse.