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‘Vou levar para o resto da vida a morte de Rafael. Entendo a dor da família’, afirma policial federal julgado pela morte de estudante

Já passavam das 16h desta quarta-feira, 25, quando o policial federal Victor Manoel Fernandes Campelo, de 30 anos, réu no processo que o acusa de homicídio simples, pela morte do estudante Rafael Frota, foi interrogado pelo juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, e pelo promotor do MPAC, Teotônio Rodrigues Soares Júnior. O crime ocorreu em 2016, em uma boate de Rio Branco.


Formado em Educação Física e, atualmente, cursando o 5° período de Direto, o réu, natural do Rio de Janeiro, foi interpelado pelo juiz Alesson, que pediu para Campelo dar detalhes sobre a tragédia que aconteceu há quase sete anos.


Victor Campelo contou sua versão dos fatos, na noite da morte de Rafael: “não o conhecia, atirei contra os caras que estavam me agredindo”

“No dia dos fatos, nos deslocamos para um bar de rock, e um amigo nosso estava querendo ir a um local com outros estilo de música. Eram sete pessoas ao todo. Depois, fomos para a boate onde tudo ocorreu, isso no meu carro. Quando chegamos lá, ficamos perto do palco”, relembrou ele.


Victor disse que estava indo ao banheiro, quando viu a amiga Yasmim D’Anzicourt e começou a conversar com ela. Lavínia, namorada do réu à época, viu e teria ficado com ciúmes da digital influencer. Foi então que, quando ela saiu de perto, chateada, Marquinhos teria esbarrado nela, o que motivou a confusão.


“O Marquinhos xingou a Lavínia, depois do esbarrão. Foi então que pedi para ele se afastar dela. Foi quando levei um soco, acredito que tenha sido ele. Depois, vi algumas pessoas em cima de mim, me agredindo. Os caras começaram a me agredir no chão. Foi nesse momento que puxei a arma e efetuei dois disparos para cima. Depois dei mais dois disparos. Não conhecia o estudante, atirei na direção dos caras que estavam me agredindo. Vou levar para o resto da vida a morte de Rafael, independentemente do que vai acontecer nesse julgamento. Entendo a dor da família”, relatou Campelo.


O promotor do MPAC questionou se o agente tinha algum amigo que era acostumado a beber em festas com arma na cintura.


“Bebíamos mais em confraternizações feitas em casa. Não recordo se isso era costumeiro entre os outros colegas. Tenho cautela quando bebo. Não sabia que isso iria ser levantado depois da fatalidade que aconteceu. Não bebi no dia da festa”, enfatizou Campelo.


A Gazeta do Acre


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