O policial federal Victor Campelo, de 30 anos, acusado de matar com um tiro o jovem Rafael Frota, na boate Se7 Clube, em julho de 2016, foi absolvido pelo Tribunal do Júri da Vara Criminal de Rio Branco, na tarde desta quinta-feira (26). A sentença foi proferida pelo juiz Alesson Braz.
O juiz iniciou falando sobre a necessidade de discutir o porte de arma em casas noturnas do Acre e fez um alerta sobre o problema:
“Antes de ler a sua sentença, eu queria me dirigir a você e a todos os profissionais da segurança pública sobre o porte de arma. De fato na há nenhuma norma, pelo menos no nosso Estado, proibindo o porte de arma de fogo em casa noturna. Mas, é uma combinação perigosa, uma combinação que pode ser fatal, como foi o seu caso. É um assunto que precisa ser melhor debatido, pela policial militar, civil e federal”, disse.
Em seguida, o magistrado proferiu a sentença, após votação do júri popular. Victor foi absolvido de todas as acusações do processo, o de homicídio contra Rafael Frota e o de tentativa de homicídio contra Nelcioney Patrício.
Após a leitura da sentença, o pai do policial federal e a mãe de Rafael Frota, Alcineide choraram muito.
Relembre o caso
Na madrugada de 2 de julho de 2016, durante uma confusão em uma casa noturna em Rio Branco, o policial federal Victor Campelo foi acusado de ter disparado com arma de fogo dentro da boate, um desses tiros atingiu o estudante Rafael Frota, que chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu na sala de cirurgia do Pronto-Socorro de Rio Branco.
Além de Rafael, os tiros também atingiu um homem e a própria perna do policial federal, que ficou internado no Pronto-Socorro devido aos ferimentos.
Fonte: MATHEUS MELLO, DO CONTILNET