A Vara de Delitos de Roubo e Extorsão de Rio Branco aceitou denúncia contra Rodrigo Gomes de Mesquita, que foi preso por suspeita de participação em um assalto após perseguição que resultou em acidente com uma viatura da Polícia Militar no dia 25 de dezembro, em Rio Branco.
Na decisão em que tornou Mesquita réu no processo pelo crime de roubo majorado, o juiz Danniel Gustavo Bomfim deu um prazo de 10 dias para que o acusado responda às acusações. Ele segue preso no Complexo Penitenciária de Rio Branco.
Mesquita foi preso após se envolver em um acidente de trânsito quando tentava escapar de patrulha policial que procurava por ele e um outro suspeito, menor de idade, por cometerem assaltos no bairro Floresta Sul. Durante a perseguição, o veículo da PM caiu em um córrego e um dos policiais ficou ferido e foi levado ao Pronto Socorro da capital.
Os suspeitos, que estavam em uma motocicleta, não chegaram a cair no córrego. Mesquita, que pilotava o veículo alcoolizado, foi preso, e o menor apreendido.
Policial ferido passou por cirurgias
O cabo da Polícia Militar Madson Lemos, que fraturou um braço no acidente, passou por uma segunda cirurgia no último dia 9 e segue em recuperação em casa. Ele informou ao g1 que fez o procedimento para retirada dos pinos que estava usando.
“Foi retirado o fixador e colocado as placas permanentes. Tive alta no dia seguinte ao procedimento e estou em casa agora me recuperando. Tenho um retorno no dia 23 e depois devo começar a fisioterapia. Estou me sentindo bem”, disse o cabo.
Após o acidente, o policial foi internado e passou por um procedimento para colocar um fixador. Após três dias internado, ele teve alta e depois voltou ao Pronto Socorro para fazer a segunda cirurgia.
Perseguição e acidente
O policial militar contou ao g1 que no dia do acidente após tomarem conhecimento da ocorrência, ele e outros dois agentes começaram a fazer o acompanhamento dos dois suspeitos que circulavam em uma moto vermelha na estrada da Floresta. Quando se aproximaram, o adolescente, que estava na garupa, colocou a mão na cintura e então os policiais desconfiaram que eles estivessem armados. Eles acabaram entrando em uma ladeira, e perceberam que a dupla poderia cair.
“Nesse momento, a gente já se preparou porque, caso eles caíssem a gente teria que correr atrás deles. Mas aí, acho que ele avistou que a rua não tinha mais saída e freou, quando ele freou, o motorista tentou ainda tirar a viatura um pouco, e quando chegamos perto ele sacou a arma. Quando houve o choque a arma caiu da mão dele. Houve o choque, eles caíram, a gente passou direto e caiu no córrego”, recordou.
Repercussão após prisão domiciliar
Após o flagrante, Rodrigo Gomes Mesquita foi colocado em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, depois de decisão da juíza plantonista Andréa da Silva Brito.
Com a repercussão diante dessa decisão, a desembargadora Denise Bonfim, do Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) revogou a prisão domiciliar e Mesquita voltou a ser preso preventivamente no dia 29 de dezembro.
Para essa nova decisão, a desembargadora levou em conta alegações do Grupo de Atuação Especial no Combate do Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Publico do Acre (MP-AC) que aponta que no “contexto da mencionada ocorrência, a dupla criminosa/infratora praticou diversos outros delitos, profusamente registrados quando da oitiva das testemunhas, das vítimas e dos próprios acusados”.
À polícia, no dia da prisão, Rodrigo Mesquita, assim como o adolescente, confessou os assaltos, dizendo que estava bebendo em um lava jato, quando decidiram sair para cometer os crimes em uma motocicleta. Ele disse ainda que os dois “estavam totalmente embriagados”. A maioria dos objetos roubados era celular.
Fonte: G1ACRE