A Justiça prorrogou a prisão do policial militar Rafael Martins Mendonça, indiciado por matar a esposa e a enteada, de 3 anos, além de balear outra enteada, de 5 anos, em Rio Verde, sudoeste do estado. Foi apontado que há indícios suficientes do envolvimento do PM no crime e que ele seria perigoso.
A defesa de Rafael informou que vai se manifestar apenas dentro do processo judicial.
De acordo com as investigações, no dia 14 de dezembro, Rafael matou a esposa, Elaine Barbosa de Sousa e a enteada Ágatha Maria. Outra menina ficou ferida. Após o crime, ele ligou para um amigo, também policial, dizendo que tinha feito besteira, confessa os assassinatos e dizendo que se mataria. O amigo conseguiu conter o indiciado, que foi preso no local.
Em audiência de custódia, foi decretara a prisão de Rafael pelo período de 30 dias. Já na última sexta-feira (13), o prazo foi prorrogado por mais 30 dias.
“Restou apurado até o momento que, no caso concreto, há nos autos elementos suficientes para o reconhecimento, de que o acusado seja suspeito neste momento processual (em juízo prelibatório), da materialidade do fato, levando em consideração a existência de prova suficiente indicando o acusado como sendo o autor do delito”, disse a juíza Lília Maria de Souza.
Foi apontado que, com a prorrogação da prisão, será evitado o risco de fuga ou de que o indiciado atrapalhe o andamento do processo, além de possibilitar uma análise melhor da dinâmica do crime.
Rafael responde por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. A Polícia apontou que o autor agiu com violência e sem qualquer tipo de possibilidade de defesa contra as vítimas, uma vez que Ágatha foi atingida por 6 disparos de arma de fogo, Elaine por 9 e a outra filha da vítima, por três.
A esposa, Elaine Barbosa de Sousa, e a filha, Ágatha Maria de Sousa, morreram na hora. A outra criança foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada a uma unidade de saúde.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, a pedagoga Elaine Barbosa estava de joelhos e tentou se proteger dos tiros quando foi assassinada junto com a filha.
Ainda segundo a Polícia Civil, a outra menina, de 5 anos, assistiu as execuções e contou que a mãe estava de joelhos quando foi morta. Ela [Elaine] estava ao lado da pequena Ágatha e o Rafael teria dito que ia matá-la, mas queria dar a ela um sofrimento grande antes disso, então atirou na menina, que estava ao lado da mãe”, explicou.
Com informações G1