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PF erra e confunde casa de prefeito petista com a de locutor que incitou ato golpista

A Polícia Federal disse neste sábado ter cometido um erro ao realizar uma diligência no endereço do prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT). A ação fazia parte da operação que prendeu na sexta-feira o locutor bolsonarista Roque Saldanha por envolvimento nos atos golpistas que depredaram as sedes dos três poderes em Brasília no domingo passado.


Segundo a PF, não chegou a ocorrer o cumprimento do mandato no endereço do petista, que também não é investigado na operação. A ação foi interrompida assim que o erro foi identificado.


“O erro consistiu em atribuir ao investigado o endereço de terceira pessoa, autora de ação judicial que envolve o investigado”, disse a PF em nota. Segundo o órgão, o caso será apurado para determinar o que provocou a confusão.


O PT de Minas Gerais divulgou uma nota nas redes sociais comentando o caso:


“Nessa sexta-feira (13/01/2023), de forma equivocada, e, até agora, inexplicável, a Polícia Federal esteve na residência de Sucupira para cumprir um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Supremo Tribunal Federal (…) A presença de duas viaturas em frente à casa do prefeito chamou a atenção e repercutiu negativamente em toda a região, abrindo espaço para especulações.”, diz a publicação do partido.


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O prefeito Daniel Sucupira gravou um vídeo sobre o episódio no qual comenta ter recebido ligações e demonstrações de apoio de correligionários. Membros do governo, como o secretário-geral da Presidência Márcio Macedo, e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teriam entrado em contato para prestar solidariedade:


— Ontem teve um equívoco da Polícia Federal, mas os agentes que aqui estiveram pediram desculpas pelo equívoco e o transtorno causado junto a minha família — diz o prefeito petista em outra gravação feita neste sábado.


Roque Saldanha foi preso pela Polícia Federal em Governador Valadares, cidade vizinha a Teófilo Otoni, a 137 quilômetros de distância.


Em suas redes sociais, o locutor compartilha fake news sobre o processo eleitoral e faz postagens defendendo os atos golpistas, além de atacar o presidente Lula e ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele é suspeito dos crimes de ameaça, perseguição, incitação ao crime, associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ainda está em apuração se Saldanha participou in loco dos atos de vandalismo do último domingo.


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