O técnico Tite deve formalizar nesta terça-feira (17) a sua saída da CBF. Com sonhos distantes e nenhuma unanimidade, o presidente Ednaldo Rodrigues encontra dificuldade para definir o substituto.
A CBF prefere um técnico estrangeiro com status de “inquestionável” e, de preferência, que fale português ou espanhol.
Essas características diminuem as opções drasticamente. O espanhol Pep Guardiola (Manchester City) e o italiano Carlo Ancelotti (Real Madrid) não estão disponíveis.
Guardiola não demonstrou interesse após um contato inicial da CBF. “Já lhes disse que é impossível”, disse o agente do treinador ao UOL Esporte. Ancelotti quer cumprir o contrato no Real até 2024.
O presidente Ednaldo tem outros nomes europeus em pauta, mas não vê nenhum com o mesmo patamar de unanimidade.
E OS BRASILEIROS?
– A preferência da CBF é por estrangeiros, mas a confederação não descarta opções atualmente no Brasil.
– Nenhum dos brasileiros teria grande aceitação como ocorreu com o próprio Tite.
– Dentre os cotados, o UOL apurou que Fernando Diniz, Dorival Júnior, Cuca e Mano Menezes não foram procurados até agora.
– Multicampeão no Palmeiras, o português Abel Ferreira também não foi convidado, apesar de ter entusiastas na confederação.
– A ideia é definir o comando técnico em fevereiro. A próxima data-Fifa é no fim de março.
REFORMULAÇÃO
O presidente Ednaldo Rodrigues ainda avalia se contratará um novo diretor. Existe a ideia na CBF de um dirigente profissional, mas a questão ainda não foi concluída. Juninho Paulista deve sair.
O atual presidente da CBF, ao contrário de antecessores, gosta de futebol e assiste bastante a jogos. Essa é sua primeira escolha de técnico, o que aumenta a pressão por acerto. Ele se elegeu no ano passado ao cargo.
Na Copa do Mundo do Qatar, a delegação brasileira tinha 74 pessoas, sendo 26 jogadores. Pela informação na CBF, irão sair todos. Os auxiliares Matheus Bachi, filho de Tite, e César Sampaio querem ser treinadores. Cleber Xavier, o terceiro auxiliar, deve continuar na comissão de Tite. O treinador terá um período sabático em 2023 antes de voltar a trabalhar.
(UOL-FOLHAPRESS)