- As concentrações massivas questionaram a atuação do Governo e a tramitação do Poder Judiciário nos processos contra líderes de protestos e opositores.
- Em La Paz, ocorreram confrontos em Sopocachi e na zona sul, devido à presença de grupos de choque ligados ao MAS, que agrediram cidadãos e jornalistas, ante a indiferença da polícia.
A “Marcha pela liberdade, democracia e justiça” convocada pelo Conade, as plataformas cidadãs e civis foi realizada nas nove capitais do país com uma massiva participação cidadã em cada região, na qual se exigiu a liberdade do governador Luis Fernando Camacho e os 183 presos políticos.
Portando cartazes, bandeiras e outros objetos para simbolizar o repúdio à violação da democracia, os bolivianos protagonizaram intermináveis passeatas simultâneas nos nove departamentos que questionaram a atuação do Governo e a tramitação do Judiciário nos processos contra cidadãos, líderes de protestos e opositores.
Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija, Chuquisaca, Cochabamba, La Paz, Oruro e Potosí se manifestaram nas ruas contra as ações do governo central. Os cidadãos de Santa Cruz rejeitaram a tentativa contra o voto naquela região, ao sequestrar e deter a primeira autoridade do Estado pelo suposto golpe de estado.
As ruas das capitais desses departamentos desabaram devido à passagem da população, que entre gritos e coros exigia a libertação do governador de Santa Cruz detido no presídio de segurança máxima de Chonchocoro.
VIOLÊNCIA EM LA PAZ
Em Sopocachi e na zona sul de La Paz houve confrontos, devido a presença de grupos de choque ligados ao Movimento pelo Socialismo (MAS), que atacaram os cidadãos mobilizados com fogos de artifício devido a indiferença e intervenção tardia da polícia.
Setores sociais e autoconvocados marcharam em diferentes cidades, exigindo justiça pelo golpe de 2019 e pelos massacres em Senkata, El Alto, e Sacaba, Cochabamba. Em La Paz, eles ocuparam a Plaza Avaroa e as ruas de San Miguel, na zona sul, em meio a ataques contra os defensores do governador Luis Fernando Camacho.
Por outro lado, a Associação de Jornalistas de La Paz repudia veementemente o ataque a jornalista Jenny Calisaya e aos cinegrafistas Tito Bustamante e Roser Illanes, da Red UNO, por grupos de choque do MAS na Plaza España.
Os grupos de choque jogaram paus em Calisaya, Bustamante e Illanes e jogaram ovos neles. Eles também cuspiram no jornalista Calisaya.
Este é um novo ataque ao trabalho dos jornalistas e não faz mais do que refletir a gravidade da situação da liberdade de imprensa no país.
Por El Diário