Um aporte de R$ 475 mil deve ser encaminhado ao Laboratório de Paleontologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O recurso é resultado de um programa do CNPq em apoio a museus e centros de pesquisa e é destinado à renovação de equipamentos e restauração da estrutura.
De acordo com a universidade, o projeto tem duração de 24 meses. Com o recurso, a http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do laboratório pretende aumentar o número de itens em exibição e preparar novas peças.
“Essa melhoria de espaço permitirá ainda um ambiente com melhor acessibilidade. Nossa intenção é que pessoas com deficiência, seja de mobilidade ou outros tipos, possam usar o espaço, o que atualmente é difícil para elas”, disse o professor Carlos d’Apolito no site oficial da Ufac.
Acervo
O laboratório foi criado em 13 de maio de 1983 e é dividido em três espaços. No primeiro, é feita identificação e datação dos materiais que chegam e a recuperação do que é recebido com danos. No segundo local, ficam guardados os materiais usados na pesquisa de campo e também são armazenadas as peças recebidas. O último espaço é a sala de exposição, onde o público pode fazer visitas e conferir as peças mais interessantes.
São mais de 6 mil fósseis de animais que viveram entre 5 e 8 milhões de anos na região Amazônica. Em 2019, o laboratório recebeu a mandíbula de um Purussauro, réptil pré-histórico de 8 milhões de anos. A peça foi encontrada pelo pequeno Robson Cavalcante, de 11 anos, às margens do Rio Acre, no município de Brasileia, no interior do Acre. O museu já possuía o crânio de Purussauro entre as peças mais famosas, e também um jabuti gigante.
Pesquisa com tomografias
Em 2022, o pesquisador de pós-doutorado Giovanne Mendes Cidade, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Ilha Solteira, iniciou um estudo que deve fornecer informações inéditas sobre espécies de jacarés que viveram no Acre há milhões de anos.
O projeto de pós-doutorado envolve a ecologia e a alimentação desses jacarés fósseis que existiam no Acre há milhões de anos. E, para isso, o material genético de quatro espécies foi levado até uma clínica de Rio Branco, onde foram feitas tomografias computadorizadas.
No início da pesquisa, ele explicou que as tomografias podem ser usadas em softwares que permitem a reconstrução da musculatura dos animais, além de estimativas sobre o quanto esses jacarés conseguiam abrir a mandíbula e qual era a força de mordida. Para o pesquisador, isso vai permitir saber como eles se alimentavam, como faziam para capturar os animais que comiam, entre outros fatores.
Com informações g1.