A fim de garantir assistência especializada à pessoa com transtorno do espectro autista (TEA), o governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Saúde (Sesacre) e Educação (SEE), estuda a criação de um centro de atendimento voltado para esse público.
Por meio desse projeto, o Estado deverá disponibilizar uma equipe multidisciplinar com profissionais da fonoaudiologia à neurologia, para fortalecer e garantir acesso integral à saúde e à educação.
“Com o objetivo de fortalecer a rede de saúde e educação, o secretário Aberson Carvalho nos propôs uma parceria com a SEE e vamos desenvolvê-la ao longo desses primeiros seis meses de gestão”, explica o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.
O projeto-piloto será implantado primeiro na capital, Rio Branco, mas com previsão de expansão para as demais regionais do Acre. Além disso, a Sesacre já possui em seu quadro de serviços assistenciais um projeto que leva profissionais especializados para diagnóstico e tratamento do transtorno do espectro autista aos municípios do interior.
O que é o TEA?
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que pode causar dificuldades na comunicação falada e não verbal, além de prejudicar a interação social e causar padrões de comportamento repetitivos. Pode ser classificado como nível 1, 2 e 3 (leve, moderado e grave), sendo necessário diagnóstico para determinar o tratamento terapêutico de cada pessoa.
As causas concretas do autismo ainda são uma incógnita para a ciência. Porém, estudos apontam que uma série de fatores genéticos e ambientais, combinados, colaboram para o desenvolvimento do autismo, como a idade dos pais, uso de entorpecentes, doenças autoimunes, infecções, baixo peso ao nascer, hipertensão e obesidade da mãe, antes ou durante a gravidez.
No Acre, o levantamento da Associação Família Azul (Afac) aponta a existência de 20 mil autistas. A incidência em meninos é quatro vezes maior que em meninas.
Fonte: Agência do Acre