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Governo Bolsonaro: Território Yanomami foi tomado por mais de 20 mil garimpeiros

Foto: reprodução

O Território Yanomami, a maior reserva indígena do país, teve suas terras tomadas pelo garimpo nos últimos anos, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o portal g1, o número de garimpeiros na região passou de 20 mil no ano passado, quase o tamanho da população de 28 mil povos originários no local.


A reserva indígena vive uma crise sanitária e de segurança alimentar sem precedentes. O Ministério dos Povos Indígenas estima que ao menos 570 crianças tenham morrido de fome, desnutrição e contaminação pelo mercúrio em 2022.


O que causou a emergência humanitária na região?
Cortes de recursos para a saúde indígena na gestão Bolsonaro;


Tomada das terras pelo garimpo nos últimos anos.


O vice-presidente da associação indígena Hutukara, Dario Kopenawa, afirmou que “idosos, mulheres, crianças e jovens estão morrendo de contaminados de mercúrio”.


O governo Bolsonaro cortou recurso da saúde indígena e saúde do Brasil. Então isso enfraqueceu a desmobilizou bastante essa assistência da saúde pública”, destacou.


Fotos chocantes
Imagens têm circulado nas redes sociais e jornais com o retrato do estado de saúde de indígenas. À jornalista Natuza Nery, da GloboNews, Dario acredita que os registros chamam atenção para a gravidade da situação —mesmo que a cultura dos povos originários no território considere inadequado fotografar pessoas doentes.


“Falta consulta nas aldeias”, diz. “Por outro lado é para chamar atenção dos indígenas, dos governos estaduais e do povo brasileiro para apoiar e salvar a vida do povo Yanomami.”


Estado de emergência
Na sexta-feira (20), o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública, por meio de uma portaria, no território yanomami, como forma de assegurar atendimento em saúde em caráter de urgência.


Além da declaração, houve a instalação de um Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública. Uma equipe técnica está em Roraima há uma semana, e há a previsão de funcionamento de um hospital de campanha para atendimento aos indígenas.


Lula em Boa Vista
No sábado (21), acompanhado de ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou unidades de saúde indígena na capital Boa Vista, o que deu visibilidade à crise de saúde no território, agravada pela presença ilegal de 20 mil garimpeiros na reserva.


Denúncias
Os indicadores de mortes e enfermidades, as fotos de crianças e idosos desnutridos, a constatação da falta de medicamentos básicos e a desassistência em saúde na terra yanomami não são novidades e foram denunciados ao longo de todo o governo Jair Bolsonaro.


O problema se agravou ao longo da gestão passada, houve inúmeros alertas e pedidos de socorro e até mesmo uma operação foi feita pela PF (Polícia Federal) para tentar reverter um processo de desabastecimento de medicamentos básicos contra verminoses. A viagem de Lula evidenciou o problema.


Situação no Território Yanomami
De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), 52% das crianças yanomamis estão desnutridas. Nas comunidades mais isoladas, o índice chega a 80%. Esses indicadores são piores do que os registrados em países do sul da Ásia e da África Subsaariana, onde estão os países com mais desnutrição infantil, conforme a recomendação do MPF.


O quadro crítico é notado também com a malária. Foram 44 mil casos da doença em menos de dois anos, e o cenário é de que toda a população yanomami, de 28 mil indígenas, foi infectada, com descontrole do surto, como descreve o MPF na recomendação em novembro de 2021.


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