Um dos três detentos que fugiram neste domingo (29) do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, deixou a cadeia em 2015 para praticar um crime e depois retornou para a prisão.
Marcelo de Almeida Farias Sterque, de 40 anos – classificado como preso de alta periculosidade – saiu em 26 de novembro de 2015 para tentar matar uma mulher, de 31 anos, e voltou para a cela.
Sterque, segundo a polícia, atirou 13 vezes contra ela. A mulher foi levada para uma unidade de saúde e sobreviveu. Em depoimento à polícia, ela reconheceu Sterque como o autor dos disparos.
Sterque tem 13 anotações criminais por roubos e assassinato.
Para deixar a prisão em 2015 e tentar matar a vítima, Sterque teria recebido ordens do detento Waldemar Neto. Ele contou ainda com a corrupção de agentes penitenciários que receberam propina para liberar a sua saída e volta ao presídio.
Marcelo Sterque fugiu da Penitenciária Lemos de Brito com Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Jean do 18, de 37 anos, e com Lucas Apostólico da Conceição, de 28 anos.
O trio deixou a unidade utilizando uma corda feita com lençóis (teresa) jogada ao lado da base do Serviço de Operações Especiais, nos fundos do complexo de presídios. Atrás de um lixão.
O que diz a Seap
Em nota, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que “desde que tomou conhecimento do ocorrido, passou a mobilizar as suas forças para apurar as circunstâncias do episódio, suspendendo de imediato as visitas e promovendo uma vistoria geral na unidade”.
A secretária Maria Rosa Lo Duca Nebel foi à penitenciária para acompanhar as perícias e colocou a Divisão de Recaptura (Recap) da Polícia Penal na rua em busca dos foragidos.
Maria Rosa também determinou a transferência de 13 custodiados da mesma facção dos foragidos para Bangu 1. Entre eles, Alcimar Pereira dos Santos e Anderson Ribeiro Dias.
Por G1