O deputado norte-americano George Santos, que é filho de brasileiros, divulgou informações controversas e mentirosas de que sua mãe, Fátima Devolder, teria presenciado o atentado terrorista às Torres Gêmeas, em Nova York, em 11 de setembro de 2001.
Segundo informações do New York Times, em seu site oficial o republicano alega que Fátima estava trabalhando em seu escritório na Torre Sul do World Trade Center no dia do atentado, mas teria “sobrevivido à tragédia e falecido anos depois, em decorrência de um câncer”.
Entretanto, conforme o NYT, em julho de 2021 Santos teria publicado em seu perfil no Twitter que o episódio do 11 de setembro teria “custado a vida” de sua genitora.
Agora, documentos oficiais de imigração dos Estados Unidos, analisados pelo jornal, mostram que a mãe de George sequer estava em solo norte-americano no dia 11 de setembro de 2001.
Os documentos mostram que Fátima solicitou entrada no país norte-americano em 2003. Na ocasião, ela disse que havia deixado o país em 1999 e não havia retornado desde então.
Até o momento, George Santos não se manifestou sobre as acusações.
Outras mentiras, segundo a imprensa norte-americana. Homossexual assumido, Santos também já mentiu ao dizer que “perdeu quatro funcionários” no atentado terrorista à boate gay Pulse, em Orlando, em junho de 2016.
Segundo o The Times, documentos oficiais analisados não mostraram nenhuma evidência de que a alegação de George seja verdadeira.
Santos também teria mentido sobre seus avós maternos terem sido judeus que fugiram do regime nazista e “sobreviveram ao holocausto”. Segundo a CNN Internacional, não há qualquer evidência de que essa informação seja verdadeira.
Pressão para renunciar. George Santos se tornou alvo de polêmica nos Estados Unidos após se eleger para deputado como representante de Nova York pelo partido Republicano, e ser pego em uma série de mentiras contadas aos eleitores, que vão desde questões financeiras ao seu currículo profissional.
Inicialmente, ele negou que tenha mentido. Depois, admitiu as inverdades e disse que “seus pecados são florear meu currículo”. Desde então, tem sido pressionado tanto por democratas quanto por republicanos para que renuncie ao cargo.
(UOL-FOLHAPRESS)