Todos os seis membros da família envolvidos no massacre que tirou a vida de três bolivianos e feriu gravemente uma adolescente em setembro de 2020, vão a júri popular. Os crimes ocorreram na região de fronteira, no município de Acrelândia.
A família acusada do crime invadiu as terras dos bolivianos para salvar Gilvanir Nascimento da Silva, que foi amarrado pelos bolivianos acusado de estupro contra a adolescente de 15 anos.
Quando o pai da menina foi atrás da polícia, a família Nascimento foi a casa dele e executou a mãe e irmãos da adolescente, além de deixar a menina ferida com tiros.
Os corpos foram colocados entre raízes de uma árvore, a adolescente fingiu que estava morta até o grupo que executou sua família ir embora. Depois ela conseguiu caminhar pela mata, atravessar o Rio Abunã e pedir ajuda.
Dos membros da família que executou o crime, o único que não está preso é Gilvanir. Na fuga para Rio Branco, ele teve uma discussão com membros de organização criminosa foi morto a tiros. Os outros membros que causaram o massacre estão presos há dois anos aguardando julgamento.
A data para o julgamento ainda não foi confirmada pois o juiz Alesson Braz abriu um prazo para que a defesa da família possa se manifestar no processo e apontar suas testemunhas. O Ministério Público definiu quatro testemunhas: a adolescente ferida, o pai dela, oficial da PM e delegado que participaram das buscas dos corpos e captura dos suspeitos.
A adolescente que foi baleada passou por várias cirurgias em Rio Branco, após sua recuperação, o pai a levou para Cobija, na Bolívia, e só deve retornar ao Brasil quando for marcado o julgamento.