Duas pessoas ficam feridas após um tiroteio em Jesuralém

Duas pessoas ficaram feridas em um ataque a tiros em Jerusalém neste sábado (28), disseram os serviços de emergência, um dia depois de um atirador matar pelo menos sete pessoas perto de uma sinagoga na cidade.


Os dois homens feridos na área da Cidade de David, em Jerusalém, no sábado, um de 22 anos e outro de 40 anos, são pai e filho, segundo a polícia.


Um jovem de 13 anos que, segundo a polícia, atirou e feriu a dupla, foi “neutralizado e ferido” por “dois transeuntes portando armas licenciadas”.


As tensões em Israel e nos territórios palestinos permanecem altas após o tiroteio da sexta-feira, descrito pelo chefe de polícia Yaakov Shabtai como “um dos piores ataques terroristas dos últimos anos”.


O atirador desse ataque também foi morto posteriormente pelas forças policiais, segundo a polícia.


“Como resultado do ataque a tiros, sete civis morreram e três outros ficaram feridos”, disse a polícia.


Cinco das vítimas foram declaradas mortas no local, disse o serviço de resgate de emergência Magen David Adom (MDA) de Israel: quatro homens e uma mulher.


Cinco pessoas foram transportadas para hospitais, onde outro homem e uma mulher morreram. Entre os feridos está um menino de 15 anos, disse o MDA.


O ataque ocorreu por volta das 20h15, horário local, na sexta-feira, perto de uma sinagoga na rua Neve Yaakov, de acordo com um comunicado da polícia.


Shabtai disse que o atirador “começou a atirar em qualquer um que estivesse em seu caminho. Ele entrou no carro e começou uma matança com uma pistola”.


Ele então fugiu do local em um veículo e foi morto após um tiroteio com as forças policiais, disse a polícia.


A polícia identificou o atirador como um morador de 21 anos de Jerusalém Oriental, dizendo em um comunicado que ele parecia ter agido sozinho.


Jerusalém Oriental é uma área predominantemente palestina da cidade, que foi capturada por Israel em 1967.


Referindo-se ao ataque de sábado, um líder comunitário disse que o suposto atirador de 13 anos conhecia um palestino de 16 anos que morreu com ferimentos de bala um dia antes.


Jawad Siam, diretor da organização sem fins lucrativos Silwanic em Jerusalém Oriental, disse que a família do suspeito negou que seu filho de 13 anos fosse o responsável pelo ataque de sábado, que aconteceu perto da Mesquita Al-Aqsa em Silwan, Jerusalém Oriental.


De acordo com Siam, o suspeito de 13 anos era vizinho de um palestino de 16 anos que morreu de ferimentos a bala no hospital durante a noite de sexta-feira. O jovem de 16 anos foi baleado na quarta-feira pela polícia israelense.


Dos dois feridos no sábado, o homem de 22 anos está agora em estado grave, mas estável, anestesiado e sob respiração mecânica na unidade de terapia intensiva, enquanto seu pai, de 47 anos, está em estado moderado e estável.


O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um apelo à população na noite de sexta-feira contra ataques de vingança.


“Peço ao povo que não faça justiça com as próprias mãos. Para isso contamos com exército, polícia e forças de segurança. Eles agem e agirão de acordo com as instruções do gabinete”, afirmou.


Enquanto isso, a União Europeia pediu, no sábado, a Israel para usar sua força letal apenas como “último recurso”.


“A União Europeia reconhece plenamente as preocupações legítimas de segurança de Israel, como evidenciado pelos últimos ataques terroristas, mas é preciso enfatizar que a força letal só deve ser usada como último recurso quando for estritamente inevitável para proteger a vida”, disse o diplomata Josep Borrell, no sábado, em um comunicado à imprensa.


Borrell também enfatizou que o bloco está “muito preocupado com o aumento das tensões em Israel e no território palestino ocupado”.


“Pedimos a ambas as partes que façam tudo o que estiver ao seu alcance para amenizar a situação e reiniciar a coordenação de segurança, que é vital para prevenir novos atos de violência”, concluiu.


O incidente de sexta-feira ocorreu um dia após o dia mais mortal para os palestinos na Cisjordânia em mais de um ano.


Na quinta-feira, as forças israelenses mataram nove palestinos e feriram vários outros na cidade de Jenin, na Cisjordânia, segundo o Ministério da Saúde palestino, levando a Autoridade Palestina a suspender a coordenação de segurança com Israel.


Um décimo palestino foi morto naquele dia no que a polícia de Israel chamou de “distúrbio violento” perto de Jerusalém.


Durante a noite, na manhã de sexta-feira, Israel lançou ataques aéreos na Faixa de Gaza depois que foguetes foram disparados contra Israel.


O controverso ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, visitou o local do ataque na noite de sexta-feira, dizendo às pessoas que gritavam com raiva que “isso não pode continuar assim”.


“Vvocês estão certos. O fardo está sobre nós. Não pode continuar assim”, disse Ben Gvir, que também lidera o partido de extrema-direita Poder Judaico.


Algumas pessoas na cena gritavam em apoio a Ben Gvir, dizendo “você é a nossa voz, nós apoiamos você”.


Com informações CNN


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