A crise política no país vizinho do Peru, onde já se tem mais de 50 mortes registras em confrontos de opositores ao atual governo, desde a prisão do presidente destituído acusado de tentar aplicar um golpe.
As manifestações no Peru começaram em 7 de dezembro, quando Dina Boluarte assumiu a Presidência por sucessão constitucional após o autogolpe fracassado de Pedro Castillo (2021-2022) e, depois de uma trégua de Natal, ganharam força a partir de 4 de janeiro, principalmente no sul do país.
Até agora, os protestos deixaram mais de meia dezena de manifestantes mortos, além de um policial, enquanto 9 pessoas, incluindo uma mulher grávida, perderam a vida em episódios vinculados aos bloqueios de estradas e às paralisações.
O Peru vem enfrentando intensos protestos em várias regiões, com tentativas de tomar os aeroportos de Arequipa, Cuzco e Juliaca, além de uma mobilização massiva no centro histórico de Lima, onde ocorrem confrontos com forças de segurança.
Na estrada transoceânica que liga o País ao Brasil através do estado do Acre, entrando pela cidade de Assis Brasil, existem pequenas cidades como Iñapari, distante quase 200km de Porto Maldonado.
Recentemente, vários bloqueios em vilarejos e destruição no posto de pedágio foram registrados na estrada impedindo o trânsito de caminhões com combustível que estão parados, sem pode levar combustível para essas cidades.
Como resultado, os moradores peruanos estão tendo que comprar combustível na cidade de Assis Brasil, lotando o único posto de combustível, criando extensas filas para poder abastecer, pagando um pouco mais caro.
A crise também poderá desabastecer a cidade de Cobija e municípios vizinhos, no lado boliviano que faz divisa com as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia. Os caminhões utilizam as estradas do Peru e Acre para poder abastecer as distribuidoras a capital do estado de Pando.
O Alto Acre