‘Cozinha amarela da Ucrânia’: a triste imagem que viralizou após bombardeio

As imagens da cozinha de uma família na Ucrânia, que foi exposta ao mundo quando um míssil russo arrancou a parede externa de um prédio, causaram choque e tristeza nas redes sociais.


O apartamento era a casa do conhecido treinador de boxe Mykhailo Korenovsky, que foi morto no ataque do último sábado (14/01) em Dnipro, no leste da Ucrânia. Sua esposa e filhos teriam sobrevivido.


Um vídeo de Korenovsky comemorando um aniversário recente na família no mesmo apartamento também foi publicado.


O ataque em Dnipro matou 40 pessoas — e é considerado um dos mais brutais desde o início da invasão russa da Ucrânia, há 11 meses.


As vítimas incluem três crianças, e mais de 30 pessoas ainda estavam desaparecidas na noite de segunda-feira (16/01).


A imagem impressiona pelo forte contraste entre o normal e o anormal; a vida doméstica da cozinha acolhedora é emoldurada pela devastação repentina e total provocada pelo ataque russo.


A cozinha de aparência moderna e armários de cor amarelo vivo permaneceu notavelmente intacta após o ataque, apesar da sua parede externa ter sido completamente destruída.


Uma fruteira está sobre a mesa repleta de maçãs, os pratos estão ao lado da pia à espera de serem lavados, e as luvas de forno seguem impecavelmente penduradas em um gancho.


“Aqui as pessoas cozinhavam, batiam papo, celebravam datas comemorativas, riam, discutiam”, escreveu a parlamentar de Kiev, Zoya Yarosh, no Facebook.


Ela comparou a destruição do prédio ao destino de seu país: “Estas são as feridas no corpo da Ucrânia. Feridas em nossas casas.”


Nas redes sociais, muita gente destacou os pequenos detalhes da fotografia, sugerindo que a família vivia da melhor maneira possível, apesar da guerra.


“Quando olho para esta cozinha, tudo o que vejo é o apartamento em que cresci, o apartamento em que meus avós moravam, o apartamento em que meus primos moravam, porque todos nós tínhamos dois banquinhos enfiados embaixo da mesa da cozinha assim”, publicou a ucraniana Alina no Twitter.


Leia mais em BBC News Brasil.


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Últimas Notícias