Corinthians recorre à Justiça para ter direito de usar o próprio hino

Parece mentira, mas não é! O Corinthians está com uma ação aberta na Justiça contra duas editoras de música para ser o dono do próprio hino, sob qualquer circunstância e sem ter de pagar nada por isso.


O departamento jurídico do clube precisou entrar em ação porque o direito autoral da música Campeão dos Campeões pertence à Editora Musical Corisco, que alega ter assinado um contrato com Lauro D’Avila, compositor da música, em 1969.


A ação foi aberta também contra a Musiclave Editora Musical, que se declara representante dos herdeiros do autor do hino, feito em 1950.


Na época, o então presidente corintiano, Alfredo Ignácio Trindade, fez um acordo verbal com D’Avila. O clube autorizava que o compositor usasse o nome Corinthians sem custo e, em troca, poderia usar livremente o hino.


A música Campeão dos Campeões foi oficializada como hino do clube em 1955.


No entanto, em 2010, o Timão foi notificado extrajudicialmente pela editora Musiclave ao usar o hino em uma propaganda do “Navio do Centenário”, excursão feita naquele ano para comemorar os 100 anos do time.


Essa notificação não foi parar na Justiça, mas o clube descobriu que não é o dono do próprio hino. Agora, o atual presidente, Duílio Monteiro Alves, decidiu resolver essa questão de uma vez.


De acordo com a petição inicial do Corinthians, publicada pelo site Meu Timão: “A partir daquele longínguo ano de 1955, portanto, a criação de Lauro iniciou um vínculo, de forma indissociável, com as tradições e cores do Corinthians. É claro que, por ser acordo verbal, não existem documentos registrando a avença, mas é inafastável a presunção de respeito a tal pacto — de um lado, a concordância do suplicante em vincular a obra de Lauro D’Avila à força popular do clube homenageado. E, de outro lado, a concordância do autor com a utilização plena de sua criação pelo Corinthians, sem quaisquer limites e restrições”, alega o clube.


O objetivo do Corinthians não é impedir que as editoras recebam os direitos autorais dos artistas que pretendem gravar o hino. Por isso, a ideia é que aconteça um acordo, para que o clube tenha o uso livre e as editoras fiquem com direitos autorais.


R7 Notícias


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