O ministro do Interior Chris Hipkins deverá assumir o cargo de primeiro-ministro da Nova Zelândia. Ele foi anunciado pelo Partido Trabalhista, nessa sexta-feira (20/1), como substituto de Jacinda Ardern, que surpreendeu lideranças mundiais após renunciar ao cargo nessa quarta-feira (18).
“Eu estou honrado com o apoio que meus colegas (de partido) depositaram em mim, é um privilégio enorme, mas também uma enorme responsabilidade. Eu com certeza vou levar isto muito a sério”, afirmou Hipkins em conversa com jornalistas na saída do Parlamento na primeira declaração depois do anúncio.
O ministro do Interior é apontado como um dos principais responsáveis pela resposta do país à pandemia de Covid-19 — o mesmo motivo que fez Jacinda ser reconhecida mundialmente — ele deve ser oficializado no cargo neste domingo (22).
Questionado sobre as políticas públicas que adotará no cargo, Hipkins afirmou que não comentaria até ser oficializado. O partido espera que o atual ministro seja capaz de recuperar votos para a legenda até as próximas eleições gerais, que acontecem dentro de oito meses. Perguntado se ele conseguirá vencer o pleito, Hipkins disse apenas “sim”.
“Sem energia”
Em sua declaração de despedido, Jacinda Ardern afirmou não ter mais energia para trabalhar por mais uma reeleição. Ela é primeira-ministra desde 2017, quando foi eleita aos 37 e se tornou a mulher mais jovem a ser líder de governo. Com postura progressista, foi reeleita com ampla margem em 2020.
Na quarta, ela fez um discurso emotivo e disse que usou o recesso do verão para refletir se tinha a energia suficiente para continuar no cargo. “Eu sou humana, políticos são humanos. Damos tudo o que podemos até quando podemos. E então é a hora”, declarou.
Com informações Metrópoles
