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Chacina: 1º a ser assassinado, Marcos levou tiro na nuca e foi desmembrado vivo

O delegado Ricardo Viana, chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), explicou a cronologia dos assassinatos e como morreram as vítimas da maior chacina do Distrito Federal, além de detalhar o plano dos criminosos. Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27/1), Viana disse que Marcos Antônio Lopes de Oliveira (foto em destaque), 54 anos, foi o primeiro a ser morto. Ele levou um tiro na nuca e ainda respirava quando foi esquartejado, segundo os criminosos,


A execução do crime começou na chácara do Itapoã, quando Marcos, a esposa Renata Juliene Belchior, 52, e a filha deles Gabriela Belchior de Oliveira, 25, foram rendidos


Em 28 de dezembro, a ideia dos criminosos — Gideon, Fabrício Silva Canhedo, Carloman dos Santos Nogueira e um adolescente de 17 anos — era render Marcos, Renata e Gabriela na chácara. Gideon deu acesso a Carlomam e ao menor, no intuito de simular um roubo à residência. Horácio estava no local e fingiu-se de vítima. No entanto, Marcos teria reagido ao suposto assalto e foi atingido por Carloman com um tiro na nuca.


Depois disso, o grupo criminoso levou as três vítimas para a casa usada como cativeiro, em Planaltina (DF). Na mesma noite, o homem foi esquartejado na cozinha daquela residência por Gideon e Horácio, que enterraram a vítima no local em uma cova rasa.


À polícia, um dos criminosos relatou que o tiro não teria matado Marcos e que ele ainda respirava ofegante antes de ser esquartejado.


Durante a madrugada, o adolescente entrou em pânico com a brutalidade, pulou o muro da casa e fugiu. Ao todo, 10 pessoas de uma mesma família foram mortas. Cinco suspeitos estão presos.


Marcos tinha 12 passagens pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Grande parte delas por furto ou roubo. Os registros são a partir de 1995. Ele teria conhecido Gideon no Complexo Penitenciário da Papuda.


Cronologia dos assassinatos

  • 28 de dezembro

O plano começou na chácara, quando Marcos, sua esposa Renata Juliene Belchior, 52, e a filha deles Gabriela Belchior de Oliveira, 25 foram rendidos. O primeiro a ser morto foi Marcos, em 28 de dezembro, ainda na chácara.


Depois disso, o grupo criminoso levou Renata, Gabriela e Marcos para a casa usada como cativeiro. Na mesma noite, o homem foi esquartejado na cozinha daquela residência por Gideon e Horácio, que enterraram a vítima no local.


  • 4 de janeiro

Já no dia 4 de janeiro, os criminosos levaram Cláudia e a filha dela, Ana Beatriz Marques de Oliveira, para o local do cárcere.


Após a venda de uma casa de Cláudia, o grupo simulou, com o celular de Marcos, que Gideon, Horácio e Fabrício ajudariam na mudança para a nova residência da mulher. Quando Cláudia e a filha, Ana Beatriz, entraram na casa nova, foram rendidas por Carloman enquanto os outros fingiam ser vítimas também.


Rendidas, as duas foram levadas ao cativeiro. Renata e Gabriela ficaram em um cômodo e Cláudia e Ana em outro.


  • 12 de janeiro

No dia 12, Thiago recebeu um bilhete atraindo ele, esposa Elizamar da Silva, 39, e os filhos do casal até a chácara no Itapoã. Chegando ao local, Thiago foi rendido. A cabelereira Elizamar foi ao local após sair do trabalho, à noite, e também acabou rendida.


Uma vez que o adolescente não quis mais participar do crime, o grupo precisou de mais um ajudante: Carlos Henrique Alves da Silva, conhecido como “Galego”.


De lá, criminosos seguiram para Cristalina (GO) com a cabelereira e os três filhos dela, onde asfixiaram as vítimas e queimaram o carro de Elizamar. Thiago continuou no cativeiro.


  • 14 de janeiro

Na madrugada do dia 14, Renata e Gabriela foram mortas asfixiadas em Unaí (MG). Tanto Carloman quanto Horácio e Gideon participaram do incêndio do veículo. Por conta das queimaduras, este último ficou de fora da execução das outras mortes.


  • 15 de janeiro

Já Thiago, Cláudia e Ana saíram do cativeiro ainda com vida no dia 15, mas foram esfaqueados na área próxima à cisterna onde seus corpos foram deixados, em Planaltina.


A execução do plano durou 18 dias. Para a PCDF, os executores da chacina fazem parte uma associação criminosa armada.


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