A admiração da França por Neymar acabou. Ele foi eleito apenas o 16º personagem mais importante do futebol do país. Vale hoje cerca de R$ 414 milhões. Foi comprado por R$ 1,2 bilhão
Kylian Mbappé (jogador do PSG), Karim Benzema (jogador do Real Madrid), Didier Deschamps (técnico da seleção francesa), Lionel Messi (jogador do PSG), Zinédine Zidane (técnico sem clube).
Stéphanie Frappart (árbitra), Vincent Labrune (presidente da Liga Francesa), Nasser al-Khelaïfi (presidente do PSG), Antoine Griezmann (jogador do Atlético de Madrid).
Fayza Lamari (mãe e empresária de Mbappé), Franck Haise (técnico do Lens), Amélie Oudéa-Castéra (ministra dos Esportes da França), Pablo Longoria (CEO do Olympique de Marseille), Olivier Giroud (jogador do Milan), Hugo Llloris (jogador do Tottenham)
Neymar (jogador do PSG), Aurélien Tchouaméni (jogador do Real Madrid), Luis Campos (diretor esportivo), Christophe Galtier (técnico do PSG) Igor Tudor (técnico do Olympique de Marseille).
Os franceses adoram listas, premiações, condecorações, referências.
Elas servem para motivar.
Mas também para deixar as pessoas “no seu devido lugar”. Apontar a importância, a significância, a relevância para os jogadores, treinadores, empresários no atual momento do futebol da França.
E a lista da revista France Football foi um duro golpe para Neymar.
Acumular os fracassos na Champions League com o PSG e na Copa do Mundo do Catar pesou. E a cobrança veio.
A France Football divulgou pela oitava vez a lista.
Ela deixa claro que o mesmo jogador que em 2017 teve sua imagem estampada na Torre Eiffel, e que chegaria para levar o futebol francês a outro patamar, tem tido temporadas cada vez mais decepcionantes.
A 16ª colocação resume de maneira dura a desvalorização atual do melhor jogador deste país.
Ele foi comprado pelo PSG, em 2017, por 222 milhões de euros, R$ 1,2 bilhão.
O valor atual do jogador, de acordo com o site especializado em transferências, o transfermarkt, é de 75 milhões de euros, cerca de R$ 414 milhões.
Ou seja, vale 29% do que valia quando foi comprado.
A desvalorização comercial foi de 71%.
Mas acontece que ele também envelheceu.
Chegou à França no auge de sua forma, com 25 anos.
Nestes últimos cinco anos, não conseguiu seu principal objetivo individual, o de se transformar no melhor do mundo.
Fracassou no sonho do PSG, da família real catariana, de fazer o clube vencedor da Champions League. Foram cinco anos de expectativas e desilusão.
Sucumbiu com a seleção e virou até motivo de piada por suas simulações, na Copa da Rússia. No Catar, acumulou sua terceira derrota em Mundiais. O de 2014 deixou contundido. Mas, nos dois últimos, caiu em campo e não passou das quartas de final.
Suas noitadas sem fim, os exageros, chiliques com juízes, provocações a adversários, simulações, escândalos sexuais, tudo isso se juntou para arruinar sua imagem.
As críticas não param por seu início de temporada no PSG.
Jornalistas franceses o classificam como desmotivado.
Ele perdeu brilho para Messi, campeão da Copa do Catar, e também, para Mbappé, vice-colocado, mas artilheiro da competição.
Embora tenha renovado contrato com o PSG até 2027, há uma crescente convicção entre os repórteres dos principais veículos franceses de que Neymar não deverá seguir na França.
Invertendo a postura pública do jogador, que tentou por dois anos seguidos voltar para o Barcelona, será o PSG que tentará colocar o atleta no mercado. Vendê-lo, trocá-lo.
Buscar um nova estrela.
O ainda jogador mais caro da história do futebol mundial não correspondeu.
Seu auge atlético passou.
A Champions não foi conquistada.
Ele esteve no centro de diversas polêmicas desnecessárias.
O trauma de perder a terceira Copa do Mundo seguida, enquanto seus companheiros Messi e Mbappé brilharam na Ásia, se manifesta nas partidas de retomada do futebol francês.
Neymar vem sendo duramente criticado.
E apontado como desmotivado.
Após a final da Copa do Mundo, as camisas de Messi e Mbappé, no PSG, venderam mais de 200%, no site oficial do clube.
As de Neymar seguiram estagnadas.
Ou seja, ele é o terceiro jogador no clube onde foi para ser o melhor do mundo.
E sua relevância para o futebol da França é medíocre.
Apenas 16º personagem.
A sensação de fim de relacionamento é claro.
Só o milagre de uma conquista de Champions poderia mudar a realidade.
R7 Notícia