A Polícia Civil conseguiu imagens de câmeras de segurança da Urbanização de Curitiba (Urbs), que mostram o casal que agrediu o jovem autista, de 24 anos, num ônibus do transporte público da capital. Segundo o pai do rapaz, ele reconheceu a dupla e agora a polícia continua investigando para chegar até eles. As imagens ainda não foram divulgadas.
A agressão aconteceu no fim da tarde do dia 29 de novembro e começou dentro de um ônibus da linha Bairro Alto/Santa Felicidade. Segundo o jovem, que tem um grau de autismo que não é severo, tudo se deu porque ele olhou para trás e o casal achou que ele estava os encarando.
Passadas duas semanas do ocorrido, a Polícia Civil teve acesso às imagens do monitoramento e chamou pai e filho para reconhecerem o casal.
“Fui com meu filho ao 12º Distrito de Santa Felicidade. A escrivã mostrou o vídeo que obtiveram através de ofício pela Urbs e mostrava o casal que agrediu meu filho no ônibus […]. O vídeo tinha boa qualidade e não tinha como meu filho não reconhecer o casal. Meu filho reconheceu e agora a Polícia Civil está investigando”. contou o pai do rapaz autista, agredido no ônibus.
Segundo o que a Polícia Civil descobriu, o casal desceu na estação-tubo 29 de Março, um tubo depois do ponto em que o rapaz foi agredido.
O casal pegou o ônibus Pinhais/Campo Comprido, no sentido ao Campo Comprido. Segundo a descrição do pai do rapaz, homem e mulher são jovens e não aparentavam ser más pessoas.
“Imagino que o homem tenha no máximo 40 anos, a mulher entre os 30 anos. Um casal de boa aparência, não vi pessoas problemáticas, pessoas aparentemente bem vestidas, não teria como julgá-los como agressivos”.
detalhou o pai do rapaz autista, agredido no ônibus.
Durante as agressões, o jovem teve o nariz quebrado. O pai contou que ele ainda se recupera e está em casa, com medo de sair.
“Eu espero que a Justiça seja feita, que esse casal seja localizado, até mesmo para que não se repita com outras pessoas. Meu filho teve que fazer uma cirurgia de correção no nariz, está passando por processo de recuperação”. desabafou o pai do rapaz autista, agredido no ônibus.
Apesar de todo o transtorno que o casal provocou na vida do rapaz, por conta do autismo que faz com que ele se feche psicologicamente falando, o pai contou que o filho teve motivos para comemorar recentemente. Ele terminou o mestrado que cursava e foi aprovado no doutorado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em matemática.