Ícone do site Ecos da Noticia

Polícia confirma apreensão de aluno que planejava massacre em escola

O aluno de 14 anos apontado como o responsável pelo planejamento de um massacre na Escola Estadual Coronel Camilo Soares, no município de Ubá, na Zona da Mata, em Minas Gerais, já foi apreendido. A informação foi confirmada Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta sexta-feira (2/12).
Após o término das diligências na escola, o garoto foi encaminhado ao Hospital Santa Isabel e, posteriormente, levado à delegacia da Polícia Civil na companhia de um responsável legal.
Ainda segundo a corporação, um procedimento investigativo – sob sigilo por se tratar de menor de idade – será instaurado para apurar os fatos.

Entenda o caso

Na manhã dessa quarta-feira (30/11), um aluno de 14 anos da Escola Estadual Coronel Camilo Soares, em Ubá, na Zona da Mata mineira, levou à sala de aula um machado e um martelo na mochila. Ele pretendia usar os objetos para praticar um massacre.
À PM, a vice-diretora disse que tomou conhecimento da intenção do estudante por meio de denúncia anônima feita pelos pais de outro aluno. Ela então acionou o Conselho Tutelar e a polícia.
O estudante confirmou o plano violento aos militares e afirmou ter se inspirado no atentado de Aracruz, no Espírito Santo, no qual um jovem de 16 anos invadiu, a tiros, duas escolas na sexta-feira (25/11). Três professoras e uma aluna morreram e 12 pessoas ficaram feridas.
Os militares relatam que abriram a mochila do adolescente e encontraram o machado, o martelo e um caderno contendo desenhos, que, segundo o estudante, eram o “modus operandi” do crime. Além disso, os policiais acharam um bilhete no qual estava escrito: “Vou fazer um massacre com um machado e um martelo”.
A superintendente da Secretaria Regional de Ensino de Ubá contou, segundo a PM, que o alvo do ataque seria a diretora da escola, conforme informação repassada pela mãe de um aluno.
Por outro lado, o estudante alegou que pretendia escolher aleatoriamente suas vítimas. Ao pensar em como faria isso, ele utilizou o celular da avó para pesquisar vídeos que o ajudariam a ter uma ideia de como concretizar a ação criminosa. A motivação, segundo ele, era a insatisfação com o colégio, além de estar infeliz com a família e com a própria vida.
Nas redes sociais, a diretora da Escola Estadual Coronel Camilo Soares, Fabiana Caneschi, disse que a instituição “continua, como sempre, atenta a qualquer sinal de violência” ou que possa ferir “a dignidade dos alunos”.
À reportagem, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) informou que “as atividades pedagógicas seguiram normalmente na unidade, e a superintendente Regional de Ensino de Ubá, que foi acompanhar de perto o caso, passou na sala para acolher e conversar com os demais alunos, juntamente com a direção”.

Pichações neonazistas

Estado de Minas também mostrou nessa terça-feira (29/11) que a Escola Municipal José Silvino Diniz, no bairro Solar do Madeira, em Contagem, foi invadida durante a madrugada. Funcionários chegaram para trabalhar e encontraram vidros de janelas e carteiras quebrados, vasos de plantas revirados, pichações de suástica – o maior símbolo do nazismo – e o nome de Hitler.
Também durante a madrugada de terça-feira, a Escola Municipal Professora Maria Martins, no Bairro Tropical, foi atacada e amanheceu com câmeras e vidros e quebrados. A instituição fica a cerca de 5 km da escola alvo de ameaças nazistas. Desta vez, no entanto, os autores não deixaram mensagens de apologia ao movimento de extrema-direita.

Ameaça de massacre em escola no Sul de Minas

Segundo boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar em 17 de novembro, uma professora da Escola Estadual Sara Kubitschek recebeu agressões verbais de uma pessoa que se apresentou como aluna e ameaçou cometer um massacre na instituição localizada em Carrancas, no Sul do estado.
Nas mensagens, o autor se apresentava como “a aluna mais inteligente do 7º ano”. Ele chamava a professora de ‘gorda’, ‘puta’ e ‘petista’ e ameaçou cometer um massacre na escola e matá-la com um revólver do pai caso ela fosse trabalhar. A Polícia Civil investiga o caso.
Estado de Minas
Sair da versão mobile