Pirâmides do Egito podem desaparecer em 100 anos devido às mudanças climáticas

Monumentos egípcios, como a Esfinge, podem desaparecer em cem anos KATRINA KNOX/ROYAL AIR FORCE

Os famosos sítios arqueológicos do Egito, incluindo as pirâmides e a Esfinge, podem desaparecer em cem anos, como resultado das mudanças climáticas, alertam especialistas.


O clima extremo e o aumento do nível do mar ameaçam locais históricos do país, como os antigos templos de Luxor e um anfiteatro romano perto do Mediterrâneo.


Além disso, áreas baixas de Alexandria, a segunda maior cidade do Egito, fundada em 331 a.C. por Alexandre, o Grande, devem ficar submersas em menos de 30 anos.


“Receio que as mudanças climáticas possam afetar os monumentos da cidade de Alexandria e temo que a cidade e parte do delta egípcio sejam inundadas com o tempo”, disse Hussein Abdel Basir, diretor do Museu de Antiguidades da Bibliotheca Alexandrina, ao The Mirror.


De acordo com Basir, a poluição do ar e eventos climáticos mais extremos estão afetando as pirâmides de Gizé, por exemplo.


“Um terço de todos os sítios naturais e um sexto de todos os patrimônios culturais estão atualmente sob ameaça devido às mudanças climáticas. Se nenhuma ação for tomada, isso afetará negativamente os patrimônios naturais até o fim do século”, afirmou o diretor do Museu de Antiguidades.


O governo egípcio destinou mais de 11 milhões de euros (R$ 60,6 milhões) para impedir que a cidadela de Qaitbay, uma fortaleza do século 15, fosse danificada pela erosão costeira. Para proteger o monumento do aumento do nível do mar, 4.700 blocos de concreto foram jogados na água.


O egiptólogo Zahi Hawass, ex-ministro de Estado para Assuntos de Antiguidades do país, disse que praticamente todos os sítios arqueológicos ao ar livre no Egito estão em perigo. “Em cem anos, todas essas antiguidades desaparecerão por causa das mudanças climáticas.”


Monumentos em outras partes do mundo, como Machu Picchu, no Peru, e Taj Mahal, na Índia, também podem ser danificados por eventos que envolvem o clima.


Benedicte de Montlaur, presidente do World Monuments Fund, disse: “À medida que o mundo volta seus olhos para a COP27 no Egito, queremos destacar não apenas a vulnerabilidade dos locais históricos às mudanças climáticas, mas também como a conservação do patrimônio pode nos apontar maneiras de mitigar os piores efeitos de um mundo em aquecimento”.


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