De acordo com o subgrupo de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do GT de Minas e Energia do gabinete de transição, a Petrobras garantiu, nesta segunda-feira (5/12), que está monitorando o estoque operacional de combustíveis para a virada de 2022 para 2023. O encontro ocorreu na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.
“Na reunião de hoje, nós fizemos alguns questionamentos em relação à política de estoques operacionais da estatal. Teremos um inverno rigoroso e crise de preços na Europa. A Petrobras afirmou que está monitorando e tomando providências em relação ao estoque nacional de combustíveis para esse período”, informou o senador Jean Paul Prates (PT-RN).
Como noticiou o Metrópoles, Jean Paul é cotado para ocupar a Presidência da Petrobras no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de ser ligado ao ramo, o senador foi relator do PLP nº 18/2022 que estabeleceu o teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis e energia elétrica.
O senador, que coordena o subgrupo, acrescentou que foram feitos vários questionamentos sobre a política de preços de paridade internacional (PPI-Brasil) e o acordo da Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que levou à venda oito refinarias da estatal.
Na reunião, foram debatidas políticas de refino, abastecimento e logística da empresa. “A Petrobras afirmou que passou a usar ferrovias e a desenvolver uma logística para atender o mercado do interior do país, principalmente o mercado do agronegócio e os distribuidores regionais”, explicou.
Nesta terça-feira (5/12), nova rodada de reuniões ocorrerá com a Petrobras e a transição para debater a política de desinvestimento e o plano estratégico da empresa, aprovado na semana passada. “Nossa missão é trazer as informações para o time da transição e para o presidente Lula. Não estamos fazendo auditoria interna da estatal, e não queremos divulgar os dados confidenciais e estratégicos da empresa”, reforçou.
Presentes
Além de Jean Paul Prates, estiveram presentes nas atividades no Rio de Janeiro, o coordenador do GT de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim; e Rodrigo Leão, Deyvid Bacelar e Magda Chambriard, membros do subgrupo.
A Petrobras foi representada por Claudio Mastella (Diretor de Comercialização e Logística), Sandro Barreto (Gerente Executivo de Comercialização no Mercado Interno), Marcio Luz (tributarista) e pela advogada-geral Taísa Maciel.