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Oposição alega “fracasso eleitoral” e pede demissão do Presidente da Tunísia

A partir deste momento, consideramos Kais Said um Presidente ilegítimo e exigimos a sua demissão após este fiasco”, declarou sábado (17.12) à noite o líder daquela coligação Ahmed Nejib Chebbi.


A coligação de oposição ao Presidente é composta pelo partido islamista Ennahda, a principal força política, o liberal Tunisian Heart, o democrata Al Amal (Hope), a ultra-nacionalista Coligação Al Karama e Tounes Al Irada, fundada pelo ex-presidente Moncef Marzouki.


A baixa afluência às urnas nas eleições convocadas pelo Presidente Said, após este ter dissolvido o parlamento, põe em causa o mandato do chefe de Estado tunisino, que governa com plenos poderes desde 25 de julho de 2021.
Nova lei eleitoral
As eleições de sábado terão obedecido uma nova lei eleitoral, que substitui os partidos por listas de membros únicos, boicotada pela maioria dos partidos políticos, e por uma Constituição recentemente adotada que enfraquece o papel do parlamento.
Também o líder do Partido Desturian Livre, Abir Moussim, apoiante do antigo regime, considerou ” vaga” a posição do Presidente tunisino e do Governo do primeiro-ministro Najla Buden dada a taxa de abstenção superior a 90% nas eleições.


“O partido reserva-se o direito de agir de acordo com os meios legalmente disponíveis para impor a implementação da vontade popular (…) que rejeita o sistema falhado e destrutivo de Kais Said”, declarou Moussi, citado pela agência de notícias EFE.
Participação
Esta é a participação eleitoral mais fraca desde a revolução de 2011, após anos de recorde na participação, que atingiu perto de 70% nas legislativas de 2014.
No referendo sobre a Constituição, no verão passado, a taxa de participação foi de 30,5% e já houve uma forte abstenção.
Para o analista político Hamza Meddeb, “esta votação é uma formalidade para legitimar o sistema político imposto por Kais Saiede concentrar o poder nas suas mãos”.
“Os tunisinos sabem que o Parlamento perderá todo o poder”, explicou este cientista político.
As eleições de ontem aconteceram doze anos depois da imolação de um jovem vendedor de rua, Mohammed Bouazizi, que é vista o como início da revolução que derrubou o ditador Zine el Abidine Ben Ali e fez da Tunísia o local de nascimento da chamada Primavera Árabe.


DW


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