Mensagem de Trump com pedido para anular Constituição é rechaçada por democratas e republicanos

Democratas e republicanos rechaçaram neste domingo (4) mensagem divulgada pelo ex-presidente Donald Trump com pedidos para anular trechos da Constituição sob a tese falsa de que houve fraude nas eleições de 2020.
Trump, que no mês passado anunciou a intenção de concorrer mais uma vez à Presidência, voltou a disseminar, sem provas, que o pleito vencido por Joe Biden não foi legítimo.


“Uma fraude maciça desse tipo e magnitude permite a extinção de todas as regras, regulamentos e artigos, mesmo aqueles encontrados na Constituição”, escreveu em sua plataforma Truth Social. “Nossos grandes ‘fundadores’ não queriam e não tolerariam eleições falsas e fraudulentas!”


Em resposta, Hakeem Jeffries, recém-escolhido líder dos democratas na Câmara, classificou a mensagem como extremista. Ele também aproveitou para alfinetar o Partido Republicano ao questionar se a legenda pretende continuar aturando os posicionamentos antidemocráticos do ex-presidente.


“Os republicanos terão que resolver seus problemas com o ex-presidente e decidir se vão romper com ele e retornar a alguma aparência de razoabilidade ou se vão continuar se inclinando para o extremismo, não apenas de Trump, mas do trumpismo”, disse Jeffries.
Trump foi criticado inclusive por colegas do próprio partido. O deputado Mike Turner, de Ohio, o principal republicano no Comitê de Inteligência da Câmara, disse que discorda “veementemente” do teor da mensagem, e que a publicação deverá ser levada em consideração nas disputas internas da legenda.


Trump é investigado por envolvimento nos eventos que levaram ao ataque de 6 de Janeiro contra o Capitólio. Na ocasião, uma turba de apoiadores insuflada pelo político invadiu o prédio do Congresso buscando interromper a sessão de certificação da vitória de Biden nas eleições. O republicano alegava –e continua a fazê-lo hoje– que o pleito teria sido fraudado; a Justiça americana nunca encontrou nenhuma evidência de que isso pode ter ocorrido.


(FOLHAPRESS) 


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