Ronaldo da Rosa, de 32 anos, e o policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, de 26 anos, que planejaram um assalto e mataram a enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, foram soltos nesta segunda-feira (12). O crime aconteceu em outubro de 2019, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, e os réus estão presos preventivamente há quase dois anos. Ronaldo e Zuilda eram casados.
O advogado de defesa de Ronaldo e Marcos Vinicius entrou com um habeas corpus pedindo a soltura dos réus, com a justificativa de que eles estão presos desde o dia do crime e, que o julgamento dos réus já foi remarcado três vezes.
Segundo o habeas corpus, o julgamento popular estava marcado para o dia 28 de agosto deste ano e não foi realizado porque o laudo pericial não havia sido concluído. Já a segunda sessão de julgamento, estava marcada para o dia 25 de outubro, mas o laudo foi concluído dois dias antes do tribunal e a defesa não teve antecedência mínima para se manifestar.
A terceira remarcação foi alterada para o dia 10 de novembro e não foi realizada porque uma testemunha disse que não poderia comparecer ao julgamento. Com isso, a defesa alegou que os réus passarão quase quatro anos presos, sem causa atribuível à defesa.
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Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, ficou 10 dias desaparecida em Sinop — Foto: Facebook/Reprodução
Relembre o caso
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Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, está desaparecida em Sinop — Foto: Facebook/Reprodução
Zuilda desapareceu no dia 27 de setembro de 2019. No dia seguinte, o marido dela, Ronaldo, registrou um boletim de ocorrência, relatando o desaparecimento da mulher. À polícia, ele disse que encontrou a caminhonete dela com manchas que poderiam ser de sangue, além de fios de cabelo, indicando sinais de violência.
Ronaldo e Marcos Vinicius são réus por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além de ocultação de cadáver.
O Tribunal do Júri está marcado para o dia 28 de março de 2023.
O juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Sinop decidiu acatar o pedido parcialmente, porém, o réu precisa seguir algumas medidas, como comparecer à Justiça de forma periódica; não manter contato com testemunhas; permanecer em recolhimento domiciliar e utilizar tornozeleira eletrônica.
Na denúncia feita à polícia, o marido informou que convivia com Zuilda há cerca de 10 anos. Ele afirmou que passou no hospital onde ela trabalha para buscá-la após o término do plantão.
Como ele estava trabalhando com a venda de espetinhos, a deixou em casa por volta de 19h e voltou ao trabalho. Mais tarde, como a mulher não apareceu no espetinho, ele retornou na residência para verificar o que havia ocorrido.
Segundo Ronaldo, a mulher e o veículo da família não estavam no local. Com isso, ele relatou que imaginou que ela poderia estar na igreja e, depois, teria retornado para o trabalho. Horas depois, ele disse que encontrou a caminhonete estacionada em frente da casa e trancada. No boletim, Ronaldo disse que entrou na casa e percebeu que no quarto faltavam algumas roupas da mulher e dinheiro. E, então, afirmou ter pego a chave reserva, foi até o veículo e encontrou sinais de manchas com sangue e fios de cabelo.
O marido disse ainda que estacionou a caminhonete no quintal e que o filho de Zuilda tentou achar o telefone dela e a localização apontou a própria casa da família, mas o aparelho não foi encontrado.
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Local onde o corpo teria sido localizado pela polícia — Foto: Polícia Civil – MT
Por g1 MT