Está marcado para esta segunda-feira, 12, a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República entre 2023 e 2026. A cerimônia será realizada na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, às 14h. Além de Lula, haverá um discurso de Alexandre de Moraes, que preside o tribunal. As forças de segurança já estão em alerta para a realização de protestos em frente ao prédio da Justiça Eleitoral, localizado na Praça dos Tribunais. Pelas redes sociais — sobretudo o Twitter e o WhatsApp —, manifestantes que não concordam com o processo eleitoral estão convocando um ato em frente ao TSE. “O ladrão não sobe a rampa”, “o Brasil foi roubado” e “o poder emana do povo” foram as frases mais comuns nos cartazes daqueles que rejeitam Lula como presidente devido às condenações derivadas da Operação Lava Jato, posteriormente anuladas pelo Superior Tribunal Federa (STF)l. Além disso, os protestantes acreditam que o TSE prejudicou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) para favorecer Lula nas eleições e não conduziu o pleito de forma transparente. O tribunal nega: “É possível fazer a checagem detalhada da votação por seção eleitoral a partir dos números disponíveis no Portal de Dados Abertos (PDA). As informações podem ser obtidas acessando dados específicos da disputa pelo cargo requerido para a pesquisa”. Sobre a reclamação de fraude na contabilização de votos, motivada porque determinadas seções eleitorais teriam registrado apenas votos para um único candidato, o TSE disse ser comum a convergência em algumas comunidades, como áreas quilombolas.
Os protestos contra a condução das eleições no Brasil começaram em 30 de outubro, após Lula ter sido declarado eleito. Naquela noite, caminhoneiros começaram a bloquear rodovias em todo país. Após Bolsonaro pedir a garantia do direito de ir e vir, em sua primeira manifestação após a derrota nas urnas, ganharam força os atos em frente aos quartéis. “As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse o atual presidente, no dia 1º de novembro. No dia seguinte, feriado de Finados, diversas capitais registraram atos em frente a bases militares. Até hoje há manifestantes acampados, pedindo “socorro” às Forças Armadas para a anulação das eleições. Neste sábado, 10, um protesto na Esplanada dos Ministérios cobrou uma atitude dos militar.
Com informações Jovem Pan.