O Tribunal Constitucional do Peru determinou a demolição do muro que separa os mais ricos, do distrito de La Molina, das pessoas mais pobres, que vivem em casas humildes de Villa María, em Lima, capital peruana. Os magistrados consideraram que a construção é discriminatória e determinaram a destruição em até 180 dias.
O magistrado Gustavo Gutiérrez afirmou a um jornal local que a construção é uma divisão entre as classes sociais e inadmissível na democracia contemporânea.”É uma violação da liberdade de movimento. Um muro discriminatório, porque divide duas classes sociais, e isso é inadmissível em uma democracia contemporânea”, explicou.
A construção polêmica teve início na década de 1980 como medida de segurança contra o terrorismo e invasão de casas. De um lado do Muro da Vergonha ficaram luxuosas casas. Do outro, assentamentos com pessoas em situação de vulnerabilidade social e sem acesso à água potável.A decisão é expedida após autoridades de La Molina entrarem com uma ação contra o Muro da Vergonha ainda em 2018.
Apesar da decisão favorável pela demolição do muro, o juiz Gutiérrez esclareceu que esta medida não significa que vão abrir espaço para invasões . “Pedimos que sejam promulgadas leis repressivas contra o tráfico de terras e que haja parques e espaços de recreação nesses espaços públicos”.
Com informações Metrópoles