Defender uma cobrança de pênaltis já é motivo para consagração de muitos goleiros, futebol afora. E como classificar então quando um goleiro pega a cobrança do maior jogador de todos os tempos?
Para responder isso, basta perguntar a Sebastião Luiz Lourenço, morador de Jundiaí que ficou marcado por defender um pênalti de Pelé em 1971, em um São Bento e Santos, jogo que o Peixe venceu por 1 a 0, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista.
Eu tive essa felicidade de defender um pênalti batido pelo Pelé — relembra, emocionado, o aposentado.
No auge dos seus 81 anos de idade, Lourenço tem um ano a menos que Pelé, que morreu nesta quinta-feira, em São Paulo, aos 82 anos. Os dois começaram a jogar na mesma época, com 15 anos de idade.
A histórica defesa de Lourenço aconteceu no dia 12 de maio de 1971, ano seguinte do Tri da Seleção e dois anos depois do Rei marcar o milésimo gol. O jundiaiense ainda acredita ser o único goleiro vivo que pegou uma cobrança do Pelé.
O São Bento, ex-clube de Lourenço, publicou uma homenagem ao Rei (veja abaixo), com imagens de alguns dos confrontos contra o Santos de Pelé.
Nostálgico após a morte do Rei, o ex-goleiro compartilha como era difícil a tarefa do time, quando entrava em campo para jogar contra o Peixe. A missão era pontuar na partida e ainda tentar impedir os gols brilhantes de Pelé.
— Pelé para mim foi o maior jogador que eu joguei contra, maior atacante. Você não podia descuidar um segundo dele. Quando você tirava dele as oportunidades de fazer gol, ele inventava gol. Ele era diferente dos outros atacantes — diz Lourenço.
