A enfermeira Ozilete Leandro de Souza, encontrada morta em um banheiro da Fundação Hospitar do Acre (Fundhacre), tinha sido vítima de sequestro e cárcere privado pelo ex-companheiro. Os crimes ocorreram no dia 4 de agosto de 2022.
Consta na denúncia, apresentada pelo Ministério Público do Acre (MPAC), que Frank Zabart da Silva Araújo rendeu a vítima em casa, no bairro Irineu Serra, em Rio Branco, e, em posse de uma arma, teria obrigado Ozilete a seguir para o município de Sena Madureira, terra natal da vítima.
No trajeto, o acusado teria mandado a companheira entrar em vários ramais e efetuados disparos com a arma de fogo para o alto, mas após o pneu do veículo estourar, Frank Zabart da Silva foi preso. Já em 6 de agosto ele teve o flagrante homologado e a prisão preventiva decretada em audiência de custódia.
Em 13 de outubro de 2022, a juíza da Vara de Proteção à Mulher da Comarca de Rio Branco, Shirlei de Oliveira Hage, recebeu a denúncia do MPAC. Com a decisão, Frank Zabert passou da condição de acusado para réu no processo. Ainda na decisão a magistrada expediu o alvará de soltura, mas estabeleceu medidas cautelares.
Entre as medidas estavam a proibição de aproximar-se da vítima, de seus familiares e das testemunhas num raio de 200 metros, além de ficar proibido de manter contato e frequentar o lar de Ozilete Leandro. Para proteger a vítima a magistrada estabeleceu também o uso de tornozeleira eletrônica por 60 dias e a entrega do botão do pânico pelo mesmo período, ou seja, até o dia 13 de dezembro de 2022 (terça-feira).
Quando foi ouvida na polícia, a funcionária pública declarou que o companheiro passou a ser ficar violento e agredi-la, além de fazer ameaças tanto a ela, quanto seu filho e familiares. A Polícia Civil instaurou inquérito na sede da 4º Regional para apurar a causa da morte.
Acre News