Os corpos dos mamíferos foram descobertos em dezenas de quilómetros de costa no Daguestão, informou na noite de domingo o Ministério dos Recursos Naturais desta república russa do Cáucaso, adiantando estar em curso uma perícia laboratorial.
A “principal” causa atualmente considerada é a morte por asfixia durante uma libertação de gás no fundo do mar Cáspio, segundo a chefe da agência russa que assegura a monitorização da natureza, Svetlana Radionova.
Entrevistada pelo canal de televisão russo Rossia 24, Svetlana Radionova afirmou ser necessário esperar até o fim desta semana para obter os primeiros resultados das análises e determinar se, em particular, a poluição da água desempenhou algum papel na ocorrência.
Svetlana Radionova lembrou que, no final de 2020, nas praias do Daguestão e do Azerbaijão, ocorreu uma tragédia semelhante, com quase 2.000 focas encontradas mortas.
A foca do Cáspio, única espécie de foca presente neste mar fechado que faz fronteira com cinco países (Azerbaijão, Irão, Cazaquistão, Rússia, Turquemenistão), está ameaçada, tanto pela poluição como pela caça furtiva.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), no início do século XX existiam mais de um milhão de focas, das quais restam apenas 68 mil espécimes adultos, ou menos de 7%.
Caçado intensamente até recentemente, este mamífero sofre agora com a poluição industrial, que o torna estéril, e com a descida do nível do mar causada pelas alterações climáticas.
Via Jornal de Notícias