A última sessão do ano da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) está a todo vapor e não tem hora para acabar. Durante a discussão, na tarde desta quarta-feira, 14, sobre o Projeto de Lei de Reforma Administrativa, apresentado pelo governo do Estado, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) propôs a criação da Secretaria de Estado da Mulher, que na reforma aparece dentro do guarda chuva da Secretaria de Assistência Social, da Mulher e dos Direitos Humanos (SEAMD).
“A Secretaria da Mulher está imprensada entre a Secretaria de Assistência Social e a de Direitos Humanos. O Acre é campeão de feminicídio. O setor que cuida da questão de mulheres no Estado deixou voltar recurso, porque não teve capacidade de execução. E mais uma vez, está aqui colocada escondidinha. O endereço das mulheres nesse governo é o endereço debaixo do colchão, é debaixo da cama, não tem endereço para a questão das mulheres no estado campeão de feminicídio”, afirmou o parlamentar.
Como proposta, Edvaldo sugeriu o retorno da extinta Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres. “Minha proposição é de acrescentar a 16° secretaria, sendo a Secretaria da Mulher, retirando do imprensado entre a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria de Direitos Humanos”, sugeriu.
Entretanto, a emenda proposta por Edvaldo foi derrubada pelos parlamentares, apenas os deputados Daniel Zen (PT), Jonas Lima (PT) e o próprio Edvaldo Magalhães (PCdoB) foram favoráveis. A deputada estadual, eleita deputada federal, Meire Serafim (União Brasil), única parlamentar mulher presente na votação, se posicionou contra a criação da secretaria de mulheres.
A Gazeta do Acre