A classificação da Croácia veio com um empate sem gols, mas não foi nada fácil. Depois de um primeiro tempo que dominou a partida, a seleção segurou o ímpeto da Bélgica na segunda etapa, suou muito, se salvou como deu e conseguiu o 0 a 0 para avançar às oitavas de final da Copa do Mundo em segundo lugar do Grupo E. A liderança ficou com o Marrocos, que derrotou o Canadá por 2 a 1.
No mata-mata, o adversário da Croácia sai do Grupo E da Copa do Mundo, em confrontos que serão decididos logo mais entre Japão x Espanha e Costa Rica x Alemanha. Neste momento, se a classificação atual permanecer, o líder Marrocos enfrentaria nas oitavas de final o Japão, enquanto os croatas teriam pela frente a Espanha.
Muita ideia, pouca execução
O primeiro tempo de Croácia e Bélgica até foi bastante animado, apesar da ausência de gols. O início de jogo, porém, parecia prometer muito mais do que as seleções entregaram.
Com 15 segundos, na saída de jogo, a Croácia quase abriu o placar com Perisic. O jogador do Tottenham recebeu na entrada da área, ajeitou para o pé direito e bateu colocado, com a bola passando com muito perigo à esquerda da meta de Courtois.
A história da primeira etapa poderia ser diferente, caso um impedimento milimétrico não tivesse impedido uma cobrança de penalidade pelos croatas. Modric já tinha a bola na marca da cal, depois de Carrasco derrubar Kramaric na área, porém o pênalti foi anulado após consulta do árbitro ao VAR.
Pelo lado da Bélgica, que passou grande parte da primeira etapa apenas 30% da posse de bola, a principal aposta foi nos contra-ataques pelos flancos. As chegadas não foram poucas, ora com Meunier, ora com Dedoncker, além de jogadas de Mertens e De Bruyne. Em comum, porém, esteve o fato de todas pararem nos pés da defesa croata ou nas mãos de Livakovic, já que nenhum belga apareceu na área para concluir as chances criadas.
Empate dramático
Se no primeiro tempo o que faltaram foram chutes a gol, na etapa final o problema foi logo resolvido. A bola, porém, seguiu sem encontrar seu caminho natural até o fundo da rede.
A Bélgica melhorou muito na etapa final, talvez os últimos 45 minutos desta geração numa Copa do Mundo. A entrada de Lukaku deu a presença de área que o time de Roberto Martínez precisava.
Logo em seu primeiro lance na partida, Lukaku recebeu um cruzamento e colocou Livakovic para trabalhar pela primeira vez na partida. O atacante da Internazionale seria a grande figura do segundo tempo, carimbando a trave após sobrar com a bola em lance individual de Carrasco, e perdendo duas oportunidades claras de marcar: uma de cabeça, após cruzamento de Kevin De Bruyne, outra por um domínio de barriga, que Livakovic salvou em cima da linha.
A Croácia, por sua vez, fez um segundo tempo pior do que o primeiro. As melhores chances seguiram em chutes de fora da área, em que Modric, Brozovic e Kramaric colocaram Courtois para trabalhar, mas o goleiro se agigantou em todas as oportunidades e fez sua parte para manter o placar zerado. Melhor para a Croácia, pior para a Bélgica. A ótima geração terminou desolada no gramado, eliminada pela primeira vez na fase de grupos.
OGol