Sintomas como dor no peito, palpitações cardíacas, falta de ar, tontura e náusea são comuns quando se está sofrendo um ataque cardíaco ou uma crise de pânico. Apesar de serem causadas por motivos diferentes e desencadearem reações particulares no corpo, as duas condições são graves e precisam de tratamento.
É importante aprender a diferenciar os sinais dos ataques. Os problemas no coração, por exemplo, podem ser repentinos e intensos, mas geralmente começam lentamente, com dor ou um leve desconforto que vai piorando com o passar do tempo.
Já ataques de pânico ocorrem de forma rápida e normalmente atingem o pico de intensidade em dez minutos. Eles podem ser desencadeados por uma situação traumática ou grande estresse cotidiano, mas também podem acontecer sem motivo aparente.
A médica Caroline Reigada, especialista em medicina intensiva, explica que independente da certeza de ser ou não um ataque cardíaco, o primeiro passo deve ser sempre procurar um pronto-socorro.
“Não se deve arriscar, os sintomas são tão semelhantes que às vezes é difícil dizer a diferença. Em caso de dúvida, é melhor errar por precaução e ser rapidamente avaliado em hospital para ter certeza de que não foi um problema no coração”, alerta.
Ataque cardíaco
O ataque cardíaco acontece quando o fluxo sanguíneo que leva oxigênio ao músculo do coração é severamente reduzido ou cortado, geralmente pelo bloqueio das artérias coronárias. A recomendação é ligar para a emergência assim que os sintomas começarem.
“Mas, se um exame médico mostrar que a saúde do coração está boa, pode ser que o paciente tenha passado por um ataque de pânico, especialmente se o medo intenso acompanhou os sintomas físicos”, acrescenta a especialista.
Ataque de pânico
Caroline afirma que o ataque de pânico não deve ser tratado com descaso. “Não é bobagem e nem pouca coisa. Não está tudo na sua cabeça. É como se o sistema de alarme do corpo estivesse disparando”, reforça.
A médica destaca que o transtorno do pânico pode causar ataques repetidos, e estima-se que cerca de 6 milhões de brasileiros sofram com a síndrome. A ansiedade tornou-se muito mais comum após o início da pandemia.
A intensivista salienta que embora o transtorno do pânico seja muito incompreendido, é tratável. “É essencial procurar ajuda de um especialista em saúde mental que pode indicar terapias”, explica.
Atente-se aos sinais
A dor no peito é o sintoma mais comum de ataque cardíaco, mas as mulheres são mais propensas a ter outros sinais, como falta de ar, náusea e dor nas costas ou na mandíbula.
É importante discutir os perigosos de ataque cardíaco com um médico, que pode ajudar a identificar e tratar fatores de risco como tabagismo, diabetes, pressão alta e colesterol alto. Porém, a especialista enfatiza que mesmo pessoas sem fatores de risco podem ter doenças cardíacas. “Então, em caso de dúvida, um profissional da saúde deve verificar”, conclui.
Por Metrópoles